União Europeia prepara novas sanções financeiras à Líbia

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Bens de Muammar Khadafi estão congelados no exterior Mohamed Nureldin Abdallah/Reuters

O regime de Muammar Khadafi vai enfrentar novas sanções financeiras por parte dos Vinte e Sete, nomeadamente contra a autoridade nacional para o investimento, confirmaram à agência noticiosa AFP fontes diplomáticas da União Europeia (UE).

Os 27 países da UE deverão aprovar, amanhã, por unanimidade, um novo conjunto de sanções a cinco entidades líbias, no mesmo dia em que Portugal assume a presidência do comité de sanções para a Líbia do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Segundo asseguraram fontes diplomáticas à AFP, nenhum dos Vinte e Sete se opõe à aprovação de novas sanções, que, assim, deverão entrar em vigor, o mais tardar, na quinta-feira, “a tempo” da cimeira dos chefes de Estado e de Governo dos países da zona euro, em Bruxelas, na sexta-feira.

As primeiras sanções adoptadas pela UE contra a Líbia determinaram o embargo à venda de armas e de material que pudesse alimentar a repressão do regime sobre civis e o congelamento de bens no exterior do clã Khadafi, tal como previa também uma resolução do Conselho de Segurança da ONU.

Entre as instituições em causa está a Autoridade Líbia para o Investimento, fundo soberano do Governo do coronel Khadafi com participações em várias empresas europeias e que deverá ver reforçadas as sanções já em vigor. Desde a semana passada, a autoridade tem congelados, por decisão do Governo britânico, os 3,27 por cento que detém no capital da editora Pearson, no valor de 300 milhões de euros.

Ainda ontem o ministro alemão dos Negócios Estrangeiros, Guido Westerwelle, reforçou numa entrevista ao jornal Welt am Sonntag que “os fluxos financeiros com destino à Líbia [deviam] ser cancelados”. E também o Presidente francês, Nicolas Sarkozy, insistiu na necessidade de ser avaliada uma suspensão “das relações económicas, comerciais e financeiras com a Líbia”, cita a mesma agência.

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