Ana Jorge diz que não está a ser recusado tratamento a nenhum paciente

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A ministra da Saúde falava aos jornalistas no final da inauguração do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto Miguel Manso (arquivo)

A ministra da Saúde, Ana Jorge, garantiu hoje que não está a ser recusado tratamento a nenhum paciente com doenças raras, explicando que, apesar das inovações na medicina, “nem sempre está provada a eficácia da terapêutica”.

A ministra da Saúde falava aos jornalistas no final da inauguração do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto, tendo sido questionada sobre a problemática levantada quinta-feira pela Associação Nacional de Deficiências Mentais e Raras (Raríssimas) sobre os fármacos para estes doentes e se lhes estaria a ser recusado tratamento.

“Não há ninguém que neste momento precise de um tratamento a quem este seja recusado. Aquilo que acontece, de facto, é que em saúde e em medicina existem muitas inovações mas nem sempre está provado a eficácia da terapêutica”, justificou.

Segundo Ana Jorge, esta é uma questão difícil de entender e por isso deu um exemplo para que se tentasse perceber.

“Quando nós defendemos que é bom que as pessoas possam optar por ter uma segunda opinião, significa que eu hoje quero a opinião de um médico ou de uma equipa para me dizer o que é que eu devo fazer, mas ao mesmo tempo também quero ouvir outra opinião. Se as opiniões fossem sempre iguais não valia a pena ouvir a segunda opinião”, exemplificou.

Segunda a ministra, “na saúde, em todas as áreas da medicina, pode sempre haver duas opiniões que são ambas seguras e certas para as pessoas”.

Sobre a questão do PEV, que hoje inquiriu o Ministério da Saúde sobre o atraso nas comparticipações dos medicamentos órfãos, Ana Jorge recordou o comunicado do ministério que “explicou exactamente quantos medicamentos existem, quantos medicamentos estão aprovados e quantos estão ainda em estudo”.

“E foi também dito que sempre que fosse provado que esses medicamentos que já existem fossem necessários mesmo em estudo, há sempre uma possibilidade que é a da tal autorização de utilização especial, desde que seja comprovado pelos clínicos que têm indicação e que eles possam fazer essa proposta”, avançou.

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