Bial tem novo CEO, assegurando geração Portela na gestão

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A BIal foi fundada em 1924 pela mão de Álvaro Portela Nelson Garrido

Ao fim de 32 anos na direcção do grupo farmacêutico Bial, Luís Portela passou a presidência executiva da empresa ao filho, António Portela, que assegura, assim, a quarta geração consecutiva à frente da internacional portuguesa.

António Portela era, nos últimos anos, responsável pela estratégia de internacionalização da Bial, tendo liderado, segundo comunicado emitido hoje pelo grupo, a entrada da empresa em novos mercados mundiais.

O desafio para os próximos anos será internacionalizar Bial no primeiro mundo, com um reforço estratégico na Europa, tinha assumido ao PÚBLICO em 2009 o pai do novo CEO. Ao mesmo tempo, a empresa quer consolidar os mercados onde iniciou a expansão nos anos 1990, em África e América Latina.

Luís Portela vai manter-se na empresa, mas como presidente não executivo e responsável da Fundação Bial, nascida em 1994 para promover a investigação científica na área da saúde.

Há onze anos, António Portela começou a trabalhar para a multinacional Roche, do mesmo ramo, para depois regressar a Portugal e integrar a empresa da família, fundada em 1924 pelo bisavô, primeiro na área do marketing e só mais tarde na internacionalização. Aos 36 anos, diz querer continuar a aposta nos projectos de investigação e desenvolvimento, que a Bial desenvolve desde 1993 na Trofa e agora também em Bilbau, em Espanha.

Foi, aliás, no país vizinho, onde opera desde 1998, que se centrou na produção de vacinas anti-alérgicas e de meios de diagnóstico para alergias, hoje uma das suas áreas de expansão. Ainda em Julho passado, a Bial anunciou a aquisição da sociedade italiana Sarm, especializada na área da imunoterapia alérgica.

No dia em que Luís e António Portela assinalaram a passagem da presidência executiva da empresa, no Porto, a Bial afirmou ter adiado o lançamento no mercado dos novos medicamentos anti-parkinson e anti-hipertensão, por causa das quebras na facturação desde 2003.

Quarenta milhões de euros a menos, “no conjunto de medidas restritivas assumidas pelos vários governos”, obrigaram a atrasar os investimentos e a recalendarizar várias fases de testes de novos medicamentos, segundo comentou Luís Portela, citado pela Lusa.

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