Produção de vegetais e hortícolas cresceu três por cento ao ano

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Tomate é um dos produtos mais exportados Pedro Cunha

A produção de vegetais e hortícolas cresceu, ao longo dos últimos anos, a um ritmo de três por cento ao ano, ocupando hoje estas culturas mais 30 por cento de superfície agrícola do que em 1996.

O sector dos hortícolas representa 4,1 por cento das importações e 4,8 por cento das exportações em relação à balança agro-alimentar portuguesa, indica um estudo do Observatório dos Mercados Agrícolas e das Importações Agro-Alimentares para o período de 1990 a 2009.

Esta entidade está a efectuar uma análise à balança de pagamentos no período de 2000 a 2009, relativa a vários sectores agro-alimentares, cujo objectivo é interpretar a sua evolução.

Neste sentido, considera que no mercado dos vegetais e hortícolas a concorrência entre produtos provenientes de diferentes países “é cada vez maior”, sendo a balança comercial neste sector “muito desfavorável” para Portugal.

Portugal compra maioritariamente ao exterior batata de conservação (53 por cento), cebola de consumo (oito por cento) e tomate (seis por cento), sendo os principais países de importação a Espanha, França e a Alemanha.

Quanto às exportações, os produtos mais vendidos ao estrangeiro são o tomate (63 por cento), batata de conservação (12 por cento), cenoura e nabo (4 por cento) e as couves (5 por cento) que se destinam ao Reino Unido, Espanha e à França.

“As exportações nos últimos dez anos praticamente sextuplicaram, em volume, mas o seu valor não chegou a quadruplicar, o que indica que estamos a exportar mais quantidade por um preço inferior”, explica o estudo.

O estudo destaca que “a balança comercial neste sector é claramente deficitária”, com o valor médio relativo às importações, para o período de 2000 a 2009, a situar-se nos 144,7 milhões de euros, representando mais do dobro do montante relativo às exportações, que se fixaram em 61,1 milhões de euros.

O défice comercial deste sector numa década foi, em média, de 83,6 milhões de euros, sendo que tem vindo a diminuir desde 2007, segundo dados do Gabinete de Planeamento e Política português (GPP).

Nos últimos três anos observou-se uma diminuição nas importações e um aumento nas exportações, de 31 e 34 milhões de euros, respectivamente.

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