Comunistas classificam acordo entre Governo e PSD de "farsa"

A Comissão Política Nacional do Partido Comunista Português (PCP) classificou hoje de “farsa” o entendimento entre o Governo e os sociais-democratas para o Orçamento do Estado para 2011, e apela aos trabalhadores para “protestos e manifestações de desagrado”.

O membro da comissão política, Jorge Cordeiro, afirmou à agência Lusa que “para lá teatralização que tem já uma dimensão de farsa”, se “esconde uma profunda identificação entre o Partido Socialista (PS) e o Partido Social Democrata (PSD), no roubo de salários e congelamento de pensões”.

O comunista defende que “este orçamento vai no encontro de um maior declínio económico e retrocesso social”, e que este “passo negativo” merece dos "trabalhadores e do povo fortes protestos e manifestações de desagrado”.

Este acordo merece por parte do PCP um “forte protesto de indignação”, reforçando que “existem outros meios e outras políticas” que levam a um “crescimento económico sem prejudicar as famílias e o povo”, acrescentou.

“Nunca houve uma divergência orçamental entre o PS e o PSD, neste orçamento deslocado que privilegia os interesses do capital, interesses financeiros e da banca”, afirmou o membro da comissão política, acusou Jorge Cordeiro.

O PCP apela, mais uma vez, aos “trabalhadores e ao povo que protestem no dia 6”, nas contestações dos trabalhadores da função pública, e que “participem na greve geral de dia 24, que serão momentos de convergência no protesto e na indignação”, concluiu o dirigente partidário.

Já o candidato presidencial do PCP, Francisco Lopes, considerou que o Orçamento do Estado para 2011, acordado entre o Governo e PSD e "com o patrocínio do Presidente da República", "contribui" para a recessão económica e o "afundamento" de Portugal.

"O orçamento, na base do qual houve o acordo entre o PS e o PSD com o patrocínio do actual Presidente da República, é contrário àquilo que o país precisa e contribui para agravar as injustiças sociais, com uma grande brutalidade, para a recessão económica e para o afundamento do país", disse Francisco Lopes.

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