Assembleia de credores da Marsans agendada para 20 de Outubro

Foto
Até agora, 90 antigos funcionários da agência de viagens já alegaram ter sido lesados pela empresa Foto: Miriam Lago

Clientes, fornecedores e trabalhadores lesados vão decidir no próximo mês se querem liquidar ou recuperar a agência de viagens de origem espanhola.

A assembleia de credores da agência de viagens Marsans já foi agendada para 20 de Outubro. Nessa reunião, os clientes, fornecedores e trabalhadores que tiveram provado que foram lesados pela empresa vão ter direito a pronunciar-se sobre o seu destino e a obter informação sobre a possibilidade de reaver o dinheiro.

Ademar Rodrigues Leite, administrador de insolvência nomeado para acompanhar a Marsans, declarada insolvente a 9 de Agosto, avançou ao PÚBLICO que "a assembleia de credores foi agendada para 20 de Outubro", acrescentando que "tem vindo a receber reclamações de créditos" por parte de operadores turísticos, que forneciam viagens à Marsans, e de trabalhadores.

Até agora, 90 antigos funcionários da agência de viagens já alegaram ter sido lesados pela empresa, "mas pode haver muitos mais", afirmou o administrador de insolvência.

De entre os credores, estará também a companhia de aviação portuguesa TAP, que, de acordo com o Jornal de Negócios terá sido prejudicada em cerca de meio milhão de euros e vai agora juntar-se a outras transportadoras aéreas para mover um acção contra a Marsans, à semelhança do que está a acontecer em Espanha.

O administrador de insolvência disse ainda ao PÚBLICO que já conseguiu entrar na sede da empresa, no centro de Lisboa. "Foi feita a relação dos bens existentes", explicou, admitindo que "não há nada de valor substancial" que permita ressarcir os credores.

Na semana passada, o Turismo de Portugal comunicou que foi retirada a licença de actividade à agência de viagens, impedindo-a de operar em Portugal.

Ademar Rodrigues Leite tinha considerado alienar esse activo para conseguir arrecadar capital que permitisse reembolsar alguns dos lesados. No entanto, a lei actualmente em vigor não permite esse tipo de operações.

Sugerir correcção
Comentar