Futuro da pesca do meixão no rio Minho ainda está em estudo

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Os pescadores dizem que a poluição ameaça mais do que a faina com tela Adriano Miranda

O ministro da Agricultura e Pescas afirmou ontem, em Vila Nova de Cerveira, que até ao final do ano "não haverá condições" para suspender a pesca do meixão (a chamada enguia bebé) no rio Minho, porque ainda estão em curso vários estudos sobre a sua eventual ameaça de extinção.

No final de uma reunião com três associações de pescadores, António Serrano sublinhou que, apesar das dúvidas que ainda subsistem, "todos estão de acordo em garantir a sustentabilidade deste recurso".

O ministro adiantou que a continuidade ou a suspensão desta pesca "não passa por uma decisão política". Trata-se de uma "questão técnica da competência exclusiva" da Comissão Permanente Internacional do Rio Minho, que deverá reunir-se em meados deste ano para tomar uma decisão. António Serrano lembrou que a partir de 2013 Portugal terá de cumprir regulamentos europeus que obrigam a que 60 por cento dos recursos pescados sejam destinados ao repovoamento.

Os pescadores garantem que existem "predadores" piores do que a faina com tela, apontando como exemplo a poluição. Segundo o presidente da Associação de Pescadores para a Preservação do Rio Minho, António Felgueiras, o meixão é o principal sustento dos pescadores durante quatro meses do ano.

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