Blair deprimido depois da invasão do Iraque

O antigo primeiro-ministro britânico ficou tão deprimido depois de ver como estava a decorrer a guerra no Iraque que chegou a dizer àquele que viria a ser o seu sucessor, Gordon Brown, que se demitiria no Verão de 2004.

A moral de Blair caiu a pique ao ver no fim de 2003 as imagens dos atentados suicidas e dos soldados mortos, lê-se no livro "The End of the Party", que será publicado esta segunda-feira. A obra é de Andrew Rawnsley, principal comentador político do semanário "The Observer".

O primeiro-ministro que em Março de há sete anos ajudou os Estados Unidos a invadirem o Iraque confidenciou depois aos amigos que acordava frequentemente a meio da noite com o suor a cair-lhe pelas costas abaixo.

No entanto, meses depois de ter dito a Brown e ao vice-primeiro-ministro de então, John Prescott, que se queria retirar em 2004, foi convencido pela mulher e por outras pessoas a ultrapassar essa crise de consciência, tendo acabado por permanecer no lugar até Junho de 2007.

“O Iraque eram as areias movediças que o estavam a engolir. As atrocidades. As terríveis fotos (dos abusos de presos em Abu Ghraib)”, declarou ao escritor a baronesa Sally Morgan, que foi chefe de gabinete de Blair.

Sugerir correcção
Comentar