Espólio de Ernesto Melo Antunes doado pela família à Torre do Tombo

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O contrato de doação vai ser assinado no próximo dia 8 de Maio, na Torre do Tombo Daniel Rocha (arquivo)

O espólio do coronel Ernesto Melo Antunes (1933-1999), um protagonista fundamental da história portuguesa do último meio século, nomeadamente do período após o 25 de Abril de 1974, foi doado e está já depositado na Torre do Tombo, em Lisboa.

A decisão partiu da família do militar mais político da Revolução dos Cravos, e foi justificada pela consciência que ela possui da importância que esta documentação tem “para a memória histórica do país”. Joana Melo Antunes, filha, acrescenta ainda que a família tem “muito orgulho” em que os testemunhos da vida e da acção do pai possam ingressar na Torre do Tombo, “que dá as melhores garantias de tratamento e preservação”.

O contrato de doação vai ser assinado no próximo dia 8 de Maio, na Torre do Tombo, na presença do responsável da Direcção-Geral dos Arquivos, Silvestre Pestana, da secretária de Estado da Cultura, Paula Fernandes dos Santos, e dos familiares de Melo Antunes.

O espólio foi já transferido para a Torre do Tombo, tendo sido alvo de um primeiro levantamento. É composto por 258 caixas e pastas de documentos, de 1953 até 1999, que foram organizados em onze secções. Estas contemplam a carreira militar de Melo Antunes antes de 1974 e a sua intervenção nas eleições para a Assembleia Nacional em 1969; já depois da Revolução, está documentada a sua participação, como ministro (sem pasta e dos Negócios Estrangeiros), nos primeiros governos provisórios (1974-76), mas também a de membro do Conselho da Revolução (1976-82) e do Conselho de Estado (1982-99); e ainda a sua acção como sub-director geral da Unesco (1986-88).

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