Milhares de professores concentram-se no centro de Lisboa

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Nuno Ferreira Santos (arquivo)

Milhares de professores vindos de todo o país concentram-se já na rotunda do Marquês de Pombal, ponto de partida da Marcha da Indignação contra as políticas do Ministério da Educação.

Cerca das 14h00, dezenas de autocarros desciam ainda a avenida Fontes Pereira de Melo, uma das artérias que conduz ao local de concentração da manifestação dos professores.

A marcha deverá arrancar cerca das 14h30, pela Avenida da Liberdade (onde o trânsito foi já cortado), em direcção ao Terreiro do Paço, mas os primeiros momentos da concentração estão a ser aproveitados para a distribuição de bandeiras e faixas com as palavras de ordem que têm marcado a contestação dos últimos meses, adianta a TSF.

Os sindicatos aproveitam também para vender, ao preço de cinco euros, t-shirts negras (a cor dominante do protesto) com a inscrição que dá o mote a esta manifestação: “Assim não se pode ser professor”. As receitas da venda servirão para comparticipar os gastos com o transporte dos docentes assumidos pelas estruturas sindicais.

A Fenprof e a FNE acreditam que o protesto desta tarde juntará cerca de 70 mil docentes, a grande maioria transportados até Lisboa nos mais de 600 autocarros fretados pelos organizadores ou disponibilizados pelas autarquias. A manifestação, que poderá ser a maior de sempre no sector da educaçao, segue-se a duas semanas em que, um pouco por todo o país, milhares de professores se manifestaram contra as políticas educativas de Maria de Lurdes Rodrigues, em particular o novo modelo de avaliação.

120 polícias acompanham manifestação

A manifestação vai ser acompanhada por 120 agentes da polícia, um dispositivo que o ministro da Administração Interna considera adequado, sublinhando que é cinco vezes inferior ao que foi posto em prática no último domingo para o jogo Sporting-Benfica.

Rui Pereira declarou-se ainda "absolutamente tranquilo" relativamente à postura que os agentes vão assumir: "As forças de segurança têm evidenciado que são afeiçoadas ao Estado de direito democrático, defendendo os direitos, liberdades e garantias".

Ontem, os sindicatos denunciaram a visita da polícia a várias escolas, com o objectivo de apurar quantos docentes pretendiam deslocar-se a Lisboa. Esta tarde, numa alusão ao que apelidam de manobra de intimidação, professores de uma escola de Ourém que visitada pela polícia empunhavam um faixa onde podeia ler-se: "Professores de Ourém não temem visitas da polícia".

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