Iraque não possuía armas de destruição maciça no momento da invasão

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Charles Duelfer escreve no documento que o Iraque não tinha qualquer plano concreto para fabricar as ADM Mohamed Messara/EPA

O antigo regime de Saddam Hussein não tinha armas de destruição maciça no momento da invasão liderada pelos Estados Unidos, em Março do ano passado, conclui um relatório elaborado pelo chefe dos inspectores de desarmamento norte-americanos no Iraque.

O relatório, relativo à existência ou não de armas nucleares e bacteriológicas no Iraque, foi divulgado hoje pelo jornal norte-americano "Washington Post".

Não só Iraque estava livre de armas de destruição maciça (ADM), como também não tinha qualquer plano concreto para fabricá-las, afirma o documento elaborado por Charles Duelfer.

Saddam Hussein desejava ter ADM, mas não possuía os meios para as adquirir, acrescenta Duelfer no mesmo relatório, citado por aquele diário norte-americano.

O especialista em questões de armamento, que trabalhou para a ONU, afirma que o programa de fabrico de armas de Bagdad estava menos avançado em 2003 - quando a guerra começou - do que quando saiu do Iraque com os outros inspectores de desarmamento das Nações Unidas, em 1998.

Para o Presidente norte-americano, George W. Bush, a presença de ADM em território iraquiano foi a principal justificação para a guerra no Iraque.

Contudo, no mesmo relatório citado pelo jornal é referido que Saddam Hussein chegou a possuir armas de destruição maciça no passado e que "essa foi uma das razões que lhe permitiu manter-se no poder durante tanto tempo".

As ADM possibilitaram, nomeadamente, que o Iraque de Saddam Hussein travasse a ofensiva do vizinho Irão durante a guerra entre ambos, levada a cabo nos anos 80.

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