Federação Académica do Porto decreta estado de "crise académica"

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Para 15 de Outubro, às 15h00, foi programado o Grito de Revolta da Academia PÚBLICO

A Federação Académica do Porto (FAP) classificou hoje de "hostis" todas as instituições públicas do ensino superior da cidade por alegada falta de solidariedade com os estudantes e decretou o estado de "crise académica".

As propostas foram aprovadas por "unanimidade e aclamação" em assembleia geral da FAP que terminou na madrugada de hoje e que contou com a participação da maioria das associação de estudantes federadas e não federadas da Área Metropolitana do Porto, em representação de cerca de cem mil estudantes.

Na reunião foi feito o ponto da situação da contestação às políticas do Governo para o ensino superior, tendo sido decidido antecipar o calendário de contestação.

Em comunicado emitido no final da assembleia geral, que terminou cerca das 02h30, a FAP considera também "hostil todo o Governo pelas leis que tem vindo a fazer aprovar e que lesam o país e os portugueses".

"Esta hostilidade legitima todas e quaisquer medidas previamente anunciadas ou não, que sejam consideradas efectivas para a prossecução dos nossos objectivos", lê-se no documento, assinado por Nuno Mendes, presidente da FAP.

Acrescenta que "o estado de Crise Académica só será levantado após as instituições ou o Governo manifestarem uma vontade concreta de alterarem as suas posições".

Foi também decidido iniciar o calendário de contestação a 13 de Outubro com uma demonstração pública de protesto contra "a atitude incompreensível da Universidade do Porto em fixar a propina máxima".

Esta acção vai desenvolver-se em dois locais e momentos distintos, não especificados.

Para 15 de Outubro, às 15h00, foi programado o "Grito de Revolta da Academia", prevendo-se uma paragem das actividades normais para, à porta de cada instituição, cada estudante fazer ouvir a sua revolta, através de apitos, buzinas ou outros meios.

No mesmo dia, mas às 22h00, realiza-se a "Noite de Luto", durante a qual cada estudante deverá depositar junto ao Governo Civil do Porto uma vela acesa, em protesto contra o Governo.

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