TAP afirma-se disponível para iniciar negociações salariais de 2003

Foto
O Governo já garantiu que vai mesmo avançar com a privatização DR

A administração da TAP "demonstrou abertura" para iniciar as reuniões com vista à negociação da revisão salarial de 2003, disse anteontem uma fonte do Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA).

Luísa Ramos, presidente da instituição, explicou à Lusa que os responsáveis da transportadora também reconheceram ser tempo de concretizar o protocolo referente aos salários de 2002, o que poderá acontecer em Julho ou Agosto, conforme estava inicialmente previsto.

"A administração transmitiu-nos que o protocolo será concretizado logo que seja possível para a empresa o que poderá ser já em Julho ou em Agosto", referiu. A administração da TAP recebeu os sindicatos representativos dos trabalhadores da empresa, em encontros separados, durante o dia de quinta-feira e ontem, para apresentar o projecto de privatização do negócio de assistência em terra ("handling").

Este projecto tem a oposição do SITAVA, mas o Governo já garantiu que vai mesmo avançar com a privatização e, por isso, o sindicato está a concentrar os seus esforços na manutenção dos direitos dos trabalhadores. Os cerca de dois mil trabalhadores que vão passar para a nova empresa "têm de manter os direitos adquiridos ao longo do tempo e não só aqueles estipulados no Acordo de Empresa", defende Luísa Ramos, que não deixa de chamar a atenção para a necessidade de os futuros funcionários usufruírem das mesmas regalias. E para o sindicato, a única forma de ficar com os direitos e regalias já existentes, e que o Governo diz garantir, é através da publicação de um decreto-lei.

Quanto ao protocolo salarial para 2002, refere-se ao compromisso entre os trabalhadores e a administração da TAP para que a revisão dos salários fosse paga "num melhor momento para a empresa". "Esperamos que a administração compreenda que nos últimos anos nem repusemos o poder de compra e não podemos esperar eternamente" a revisão salarial, frisou a sindicalista.

Sugerir correcção
Comentar