Prisão perpétua para homem que tentou assassinar senadora

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Esboço do julgamento de ontem, com Gabrielle Giffords à direita e o marido dela, Mark Kelly, à esquerda. Bill Robles/REUTERS

No dia 8 de Janeiro de 2011 Jared Loughner tentou matar, sem sucesso, a então senadora Gabrielle Giffords, eleita pelo Partido Democrata no Arizona, e matou seis pessoas. Quase dois anos depois, Loughner, que foi poupado à pena de morte, ouviu o veredicto: vai passar o resto da vida na prisão.

Jared Loughner, 24 anos, com um historial de problemas psiquátricos, foi condenado a sete penas de prisão perpétua consecutivas e a uns adicionais 140 anos de prisão, após ter sido declarado culpado por um tiroteio no parque de estacionamento de um supermercado no estado do Arizona.

Morreram seis pessoas, incluindo uma criança de nove anos. O alvo principal do ataque, a senadora democrata Gabrielle Giffords, sobreviveu, apesar de ter sido atingida por um tiro na cabeça.

Gabby Giffords esteve no tribunal que julgou Loughner mas não falou.O marido de Giffords, o astronauta Mark Kelly – que integrou o último voo da aeronave Endeavour, em Setembro deste ano. Com os olhos postos em Loughner, o marido de Giffords disse-lhe, segundo a Reuters: "Pode ter-lhe disparado uma bala contra a cabeça, não fez nenhuma mossa no espírito e no empenho dela em tornar o mundo um lugar melhor".

"Agora [Loughner] vai ter décadas para contemplar aquilo que fez. Mas amanhã, a Gabby e eu já não vamos pensar mais em si", concluiu, com a mulher sentada ao lado.

Desde 22 de Janeiro deste ano que Gabby Giffords não desempenha funções em cargos públicos. Esta decisão foi tomada pela democrata para se concentrar na recuperação.

Insanidade mental

Durante o julgamento deste caso, em Maio de 2011, Loughner foi considerado mentalmente instável, o que levou à interrupção do processo. Especialistas referiram então que Loughner sofria de esquizofrenia.


Seguido desse diagnóstico, Loughner foi tratado por um hospital psiquiátrico destinado a reclusos em Springfield, no estado de Missuri. Esse tratamento levou a que Loughner fosse considerado mentalmente são e, por isso, passível de ser julgado. Assim foi e, dessa vez, declarou-se culpado.

Na quinta-feira, enquanto era julgado, Loughner manteve-se em silêncio e colaborante.

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