Curdos apoiados pelos EUA dizem que ataque a Raqqa está iminente

Cidade é controlada pelo Daesh desde 2014 e é a “capital” síria do califado que o grupo proclamou.

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Elementos das Forças Democráticas Sírias nos arredores de Raqqa Reuters/RODI SAID

A ofensiva apoiada pelos Estados Unidos para tirar a cidade síria de Raqqa do controlo do Daesh deverá começar “nos próximos dias”, revelou este sábado um porta-voz da milícia curda conhecida como Unidades de Protecção Popular (YPG, na sigla original).

“As forças chegaram aos arredores da cidade e a grande operação irá começar nos próximos dias”, disse à Reuters o porta-voz das YPG, Nouri Mahmoud. Um responsável norte-americano não comentou esta possibilidade e não se pronunciou sobre nenhuma data para o início da ofensiva.

Desde Novembro que as Forças Democráticas Sírias, que juntam grupos curdos e árabes apoiados pela coligação liderada pelos EUA, se estão a aproximar de Raqqa, a cidade tomada pelo Daesh no Verão de 2014 e que o grupo jihadista apresentou como a “capital” do “califado” que instaurou nas regiões da Síria e do Iraque sob o seu domínio.

A perda do controlo sobre Raqqa é vista como um forte golpe para as aspirações do grupo jihadista que fez da posse de território a principal fonte de legitimidade, como meio de atrair combatentes estrangeiros para se juntarem às suas fileiras. O grupo tem perdido muito território em pontos-chave como na cidade iraquiana de Mossul.

Na semana passada, os EUA começaram a fornecer armamento às milícias curdas, incluindo metralhadoras pesadas e sistemas anti-tanques. A decisão foi altamente criticada pela Turquia, que considera os grupos curdos como ameaças ao seu próprio território.

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