PCP quer explicações sobre mudança da bilhética no metro do Porto

Novos bilhetes passam a ter a validade de um ano, ao contrário dos anteriores, que não tinham prazo

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O Andante vai ter novas regras e o PCP não concorda com elas PAULO RICCA / PUBLICO

Os deputados do PCP eleitos pelo Porto querem saber por que razão os bilhetes da Metro do Porto que, até recentemente, não tinham prazo, vão passar a ter a validade de um ano, à semelhança do que acontece em Lisboa. Os comunistas não encontram razões para esta alteração, que não seja “a de aumentar as receitas da empresa”. E quer que o Ministério do Ambiente explique se é mesmo assim.

Está em curso, até ao final do mês, a substituição gratuita dos actuais cartões azuis do Andante pelos novos, apresentados pela Transportes Intermodais do Porto (TIP) em Janeiro. Os novos cartões, ao contrário dos antigos, que podiam ser usados sempre, desde que não se estragassem, passam a ter validade de 12 meses para carregamentos e de 24 meses para o uso das viagens.  

A novidade levanta dúvidas aos deputados comunistas Jorge Machado, Ana Virgínia e Diana Ferreira que, na introdução à pergunta ao Ministério do Ambiente, classificam a decisão de introduzir tal alteração como “inaceitável e inconcebível do ponto de vista racional, ambiental e do ponto de vista da promoção que devia ser feita do uso do metro do Porto”. E explicam porquê: “Com estas alterações, os utentes do metro do Porto terão que substituir os seus Andante, independentemente do seu estado operacional, todos os anos, pagando os custos inerentes. Ora, tal opção parece não ter qualquer justificação senão a de aumentar as receitsa desta empresa. Na verdade, o Andante funcionou, sem que se conhecessem grandes problemas, durante vários anos sem a obrigatoriedade de [o] substituir”.

Os deputados dirigem, por isso, ao Ministério, três perguntas: “Por que razão decidiu a TIP alterar as regras do Andante? Como justifica este agrupamento de empresas do Estado a imposição da substituição de um bilhete de metro que, comprovadamente, funciona muito mais tempo do que um ano? Que medidas vai este ministério tomar para reverter esta decisão lesiva do erário público, do ambiente, dos utentes e dissuasora do uso do Metro do Porto?”.

E, para que não restem dúvidas de que os deputados sabem do que falam, deixam ainda o testemunho: “Os aqui subscritores da presente pergunta têm os seus Andante há já vários anos sem que tenha havido qualquer necessidade de substituição dos mesmos.”

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