D. Afonso Henriques chamou os lisboetas para uma viagem aos Arcos de Valdevez

Pelo segundo ano consecutivo, o Recontro de Valdevez é recriado na vila minhota e conta com 21 cavalos, 100 actores e 500 figurantes. Este ano, Lisboa foi o cenário da "pré-recriação", na Rua Augusta.

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Depois do Porto, no ano passado, Lisboa recebeu a pré-recriação do recontro dos Arcos Nuno Ferreira Santos
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Depois do Porto, no ano passado, Lisboa recebeu a pré-recriação do recontro dos Arcos
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Depois do Porto, no ano passado, Lisboa recebeu a pré-recriação do recontro dos Arcos

D. Afonso Henriques e D. Afonso VII marcaram presença esta quinta-feira no Arco da Rua Augusta, em pleno centro lisboeta. Viajaram desde Arcos de Valdevez vestidos a rigor e trouxeram as suas tropas, surpreendendo quem passou por esta zona ao final da tarde.

A “comitiva real”, composta por 46 actores da companhia “Viv’Arte”, recriou a luta de nobres de 1141. Pela Rua Augusta, representaram o recontro dos primos D. Afonso Henriques e D. Afonso VII, Imperador de Leão e Castela, em Vale de Vez, despoletado pela invasão do território galego pelo jovem conde português.

De um acordo mediado pelo tio de ambos, o Arcebispo de Braga, João Peculiar, resultou a decisão de se fazer um recontro, evitando-se uma batalha. O vencedor seria quem prendesse mais nobres e os portugueses saíram vitoriosos. O Torneio de Valdevez, como também ficou conhecido este episódio que aconteceu há mais de 800 anos, serviu de base para o tratado de Zamora, ou seja, para a independência de Portugal.

“Estamos a devolver a memória de um momento histórico para os portugueses, aliando-se a diversão e a pedagogia”, refere Mário da Costa, o actor que representa D. Afonso Henriques e que é director da companhia de teatro de Oliveira do Bairro, distrito de Aveiro.

Lisboa foi o cenário apenas de uma apresentação do espectáculo que se vai realizar nos Arcos de Valdevez no dia 7, 8 e 9 Julho, no Paço de Giela. “É um evento que promove a história, o turismo e os produtos locais dos Arcos”, explica João Manuel Esteves, presidente da Câmara dos deste concelho do Alto Minho. “E também o promovemos porque foi nos Arcos de Valdevez onde Portugal se fez”, acrescenta, gracejando.

No dia 7 de Julho, qualquer pessoa pode entrar no Paço de Giela de forma gratuita a partir das 20h. Será encenada a chegada de D. Afonso Henriques e será organizado um banquete com direito a dois porcos no espeto e vinho Verde Vinhão, que é típico da vila.

Os dias 8 e 9 serão semelhantes. As portas abrem às 18h, com actividades para as crianças e com um mercado medieval recheado de produtos artesanais, para além de outros espectáculos. Às 22h é a hora do teatro principal, que será repetido nos dois dias e que contará com  cem actores e 500 figurantes de associações locais e 21 cavalos, .

Esta iniciativa que é também uma homenagem ao primeiro rei de Portugal, atraiu à vila milhares de pessoas no ano passado. O projecto é financiado pela câmara dos Arcos de Valdevez e segundo João Manuel Esteves, o investimento ronda os 50 mil euros. 

Texto editado por Abel Coentrão

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