Alunos de Comunicação da UP manifestam-se contra mudanças no curso

Manifestação está marcada para o dia 14 de Junho e os estudantes vão desfilar em silêncio até à Reitoria

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Reitor da Universidade, Sebastião Feyo, deu luz verde à mudança Miguel Nogueira

Descontentes com a decisão da Universidade do Porto de transferir a parte teórica do Curso de Ciências da Comunicação (CCC) para a Faculdade de Letras, no Campo Alegre, os alunos vão manifestar-se no dia 14 de Junho contra a decisão e vão concentrar-se frente à Reitoria da UP.

O que está previsto é que os estudantes desfilem em silêncio, em sinal de protesto pela UP não os ter consultado sobre a transferência. O percurso será feito entre o Pólo da Praça Coronel Pacheco, onde decorrerem actualmente as aulas práticas e as teóricas do curso, e a Reitoria.

A ideia de fazer uma manifestação nasceu nas redes sociais e na sua origem está uma notícia do PÚBLICO sobre a reorganização administrativa do curso, que prevê a transferência da licenciatura para a Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP), que é a sede administrativa do CCC. A Universidade pretende que a partir do próximo ano lectivo, as aulas práticas passem a ser ministradas no edifício-sede da FLUP, mas os alunos discordam e os professores também.

A mais recente posição sobre a transferência do curso tem a assinatura da Associação de Estudantes da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (AEFLUP) que, em comunicado, afirma manter as mesmas “reservas” que os docentes e os alunos e fala de um “processo apressado”. “Tendo a Direcção da AEFLUP estado representada na reunião entre a directora da FLUP [Fernanda Ribeiro] e os estudantes de Ciências da Comunicação não considerámos ter ficado claro o quão ponderado foi o planeamento desta mudança, embora esta venha a ser pensada há meses”, diz o comunicado. ”É inaceitável que haja qualquer detrimento da qualidade do ensino da Licenciatura e do Mestrado em Ciências da Comunicação causado quer por um processo apressado quer por alterações aos planos de estudo destes ciclos, ou ainda, por horários lectivos que prejudiquem o trabalho que os cursos exigem fora de aulas”, avisa a AEFLUP.

 

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