Schäeuble diz que movimento alemão contra o euro "não pode ser levado a sério"

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Schäeuble afirmou que "a moeda única é do interesse da Alemanha" Odd Andersen/AFP

O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäeuble, afirmou neste domingo que o novo partido AFD, que se manifesta contra o euro, "não pode ser levado a sério".

Criado em Fevereiro, o movimento Alternativa para a Alemanha (AFD) defende uma "dissolução ordenada" da zona euro e o regresso do marco alemão. Nas sondagens mais recentes, surge com 3% das intenções de voto para as legislativas de 22 de Setembro.

Nestas eleições, em que cada voto conta, "devemos ter em conta o AFD e a sua mensagem", declarou o ministro à revista Focus.

Schäeuble afirmou que "a moeda única é do interesse da Alemanha" e que seria "insensato abandonar o euro".Questionado sobre se leva a sério o AFD, o ministro respondeu: "o que levo a sério é o que preocupa as pessoas a propósito do seu dinheiro. Um partido que é apenas contra qualquer coisa não pode ser levado a sério e não terá êxito da Alemanha".

O chefe da diplomacia alemã, Guido Westerwelle, afirmou, por sua vez, ao Bild am Sonntag "que abandonar o euro poderia levar ao colapso da Europa".

O AFD, ao contrário de outros partidos euro-cépticos, demarca-se claramente da extrema-direita e da sua retórica anti-imigração.

Apesar de ainda não surgir nas sondagens com 5 por cento dos votos, limite mínimo para a representação parlamentar, alguns observadores políticos consideram que o partido pode tirar à coligação de centro-direita liderada pela chanceler Angela Merkel votos cruciais para um terceiro mandato.

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