Lucros da EDP aumentam 11%

Venda de activos de gás em Espanha influenciou resultados

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EDP, liderada por António Mexia, espera lucro de 900 milhões este ano. Daniel Rocha

Os lucros da EDP aumentaram 11% no primeiro trimestre deste ano face ao mesmo período do ano passado, atingindo os 263 milhões de euros, informou a empresa ao mercado.

Em comunicado enviado nesta quarta-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a eléctrica portuguesa indica que, ajustando estes resultados dos impactos não recorrentes tanto dos primeiros três meses de 2015 como dos primeiros três meses de 2016, os lucros da EDP seriam de 287 milhões de euros entre Janeiro e Março deste ano, um aumento de 28% face ao período homólogo do ano passado.

O EBITDA (resultados antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) aumentou 14% no primeiro trimestre deste ano em termos homólogos, para os 1.130 milhões de euros, o que a empresa justifica com a "expansão do portfolio [carteira]" e com as "condições meteorológicas melhoradas na Ibéria e Brasil".

No entanto, este crescimento do EBITDA foi influenciado pela venda de activos de gás em Espanha no primeiro trimestre de 2015 (no valor de 78 milhões de euros) e pela venda da central mini-hídrica do Pantanal no Brasil (em 61 milhões).

A dívida líquida caiu de 17,4 mil milhões de euros em Dezembro de 2015 para os 17 mil milhões de euros em Março de 2016, uma queda que foi "suportada essencialmente pelo recebimento dos montantes relativos à rotação de activos assinada com a Fiera Axium em Outubro de 2015 e pela estrutura de parceria institucional assinada em Novembro de 2015".

A EDP informa ainda que a sua posição de liquidez financeira (caixa e linhas de crédito disponíveis) ascendia a 5,4 mil milhões de euros em Março de 2016, "cobrindo as necessidades de refinanciamento da EDP até após 2017".

O investimento operacional consolidado foi de 233 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, "em grande parte (54%) dedicado a projectos de expansão, nomeadamente em nova capacidade hídrica e eólica".

Também o investimento de manutenção subiu 4,0%, para os 106 milhões de euros no primeiro trimestre de 2017, "concentrando-se nas actividades de redes reguladas na Península Ibérica e no Brasil".

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