BPI sobe lucro para 183 milhões de euros

Principal contributo veio da actividade internacional, com destaque para Angola, mas actividade doméstica também cresceu.

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AFP/MIGUEL RIOPA

O resultado líquido do BPI entre Janeiro e Setembro chegou aos 182,9 milhões de euros, o que representa uma subida de 21,2% face a idêntico período do ano passado.

De acordo com os dados divulgados pelo banco esta quarta-feira, o principal contributo veio da vertente internacional, cujas operações geraram um lucro de 125,4 milhões de euros.

Aqui destaca-se o negócio do Banco de Fomento de Angola (BFA), com um resultado líquido de 121,9 milhões que impulsionou o lucro consolidado do BPI, dono de 50,1% da instituição financeira. Este valor representa uma subida de 15,5% face ao mesmo período do ano passado. 

Estes valores surgem numa altura em que a gestão do BPI, no âmbito da OPA do Caixabank, acabou por ceder o controlo do BFA à Unitel, controlada por Isabel dos Santos (que, por sua vez, é o segundo maior accionista do banco liderado por Fernando Ulrich).

O acordo passa pela alienação de 2% do capital à Unitel, que passa assim a ficar com 51,9% do BFA. Esta quarta-feira o conselho de administração do BPI emitiu um comunicado em que deu conta de que vai ser convocada uma assembleia geral de accionistas para deliberar sobre a alienação desses 2% à Unitel.

Depois do BFA, o outro contributo internacional para as contas consolidadas do BPI veio do BCI: a instituição financeira moçambicana onde o BPI detém 30% (em associação com a CGD e investidores locais) teve um contributo de cinco milhões de euros, o que representa uma quebra de 38%.

Apesar do peso das operações internacionais, o maior crescimento ocorreu na actividade doméstica, que cresceu 48% e foi responsável por um resultado líquido de 57,5 milhões de euros no período em análise.

Em termos de recursos humanos, o BPI estima que só este ano haja uma redução de 384 trabalhadores. De acordo com as contas hoje apresentadas o banco chegou a acordo para 276 reformas antecipadas, que custaram 50,5 milhões de euros. Destas, 75 foram concretizadas até ao final de Setembro e outras 200 "serão realizadas até ao final do corrente ano". Nos últimos oito anos fora encerrados 272 balcões, com a rede comercial a contar neste momento com 535 agências.

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