Futebolista brasileiro Bruno Fernandes regressa à prisão por homicídio

Antigo jogador do Flamengo vai voltar à prisão, onde irá cumprir o resto da pena pelo homicídio da sua ex-companheira. Mãe da vítima quer que seja feita justiça.

Foto
Bruno Fernandes DR

O futebolista brasileiro Bruno Fernandes vai regressar à prisão, onde vai cumprir a sua pena de 22 anos e três meses, por ter raptado e assassinado a sua namorada em 2010. O antigo jogador do Flamengo tinha sido libertado após cumprir sete anos de prisão, por não existir confirmação da condenação por parte da segunda instância.

Bruno Fernandes admitiu ter conspirado com alguns dos seus colegas para a realização do crime que levou à morte de Eliza Samudio, mas negou qualquer envolvimento no homicídio e nos actos que se seguiram - o corpo acabaria por ser dado a cães como forma de apagar eventuais provas incriminatórias.

Contudo, na passada terça-feira, o Supremo Tribunal do Brasil (STB) declarou que a decisão de manter o arguido em liberdade seria anulada. De acordo com uma fonte do STB, o arguido deve regressar à guarda do tribunal “com efeito imediato”, de acordo com a agência AFP.

Segundo o advogado do jogador, Lúcio Adolfo, Fernandes está “decepcionado, angustiado e chateado”, pela decisão do STB. A defesa do futebolista irá recorrer da decisão junto do tribunal, esta quarta-feira, antes do jogador se apresentar à justiça.

A libertação do ex-jogador do Flamengo gerou alguma polémica, após ter sido contratado por uma equipa brasileira. O jogador de 32 anos assinou pelo Boa Esporte, uma equipa da II Divisão, levando a vários protestos por parte dos adeptos do clube, tendo vários dos seus patrocinadores desistido de continuar a apoiar a equipa.

Os procuradores afirmam que o ex-jogador do Flamengo terá assassinado a sua antiga namorada para não pagar a pensão de alimentos do seu filho.

Ainda na passada terça-feira, a mãe de Eliza Samudio, Sónia Moura, perante a decisão do STB afirmou que quer que seja feita justiça. “A justiça que eu quero, nenhum juiz irá fazer. Queria que ele cumprisse os 22 anos que foram determinados, mas sei que não irá acontecer. Foi um crime hediondo, não só porque era a minha filha; eu sempre pensei assim. Para ser feita justiça ele [Fernandes] tinha de cumprir todo a pena e confessar onde estão os restos mortais da minha filha.”

Sugerir correcção
Comentar