Imprevisibilidade de Nápoles e Arsenal ameaça Madrid e Munique

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LUSA/EMILIO NARANJO

Numa eliminatória dos oitavos-de-final da Liga dos Campeões jogada em quatro prestações, nesta quarta-feira será a vez de dois dos três clubes com mais presenças em finais da prova entrarem em acção. Por terem terminado a fase de grupos na segunda posição, Real Madrid e Bayern Munique vão começar a disputar um lugar nos oito finalistas da prova em casa e terão pela frente duas das equipas mais imprevisíveis do futebol europeu: Nápoles e Arsenal.

À procura de alcançar, pela sétima época consecutiva, um lugar nos quartos-de-final da Liga dos Campeões, o Real Madrid parece estar a regressar à melhor forma depois de um mês de Janeiro complicado, onde foi afastado da Taça do Rei e perdeu em Sevilha para o campeonato. Com 28 triunfos nos últimos 33 jogos europeus disputados em casa, os “merengues” voltam a ter disponíveis dois jogadores importantes na estrutura defensiva (Dani Carvajal e Marcelo) e Zinédine Zidane garante que os madridistas estão “a postos” para o confronto com os napolitanos: “Jogamos a primeira mão em casa e queremos tirar proveito disso, afectando desde já as hipóteses do nosso adversário.” Deixando elogios ao colega adversário – “Maurizio Sarri está a fazer um grande trabalho e jogo bonito” -, o técnico do Real Madrid revelou que “Gareth Bale ainda não está a 100% para esta primeira mão”, e deixou elogios à dupla Cristiano Ronaldo/Benzema: “Há uma grande cumplicidade entre os dois”.

Sem qualquer derrota nos últimos 18 jogos, o Nápoles vai apresentar-se em Madrid na máxima força e os italianos contam com uma dupla em excelente forma: Dries Mertens e José Callejón. Se o belga soma a impressionante marca de 14 golos nos últimos 11 jogos, o espanhol estará motivado por reencontrar o clube onde se formou como jogador. Em declarações à rádio espanhola Onda Cero, Callejón admitiu algum nervosismo pelo regresso ao Vicente Calderón e assegurou que não vai festejar se marcar: “Tenho um enorme respeito pelo Real Madrid.”

Em Munique, pela terceira vez nas últimas cinco épocas, haverá um frente a frente entre Bayern e Arsenal nos oitavos-de-final da Champions e, se a lógica prevalecer, os bávaros levarão a melhor pela terceira vez, confirmando a má tradição dos londrinos: nas últimas seis temporadas, a equipa de Arsène Wenger foi sempre eliminada nesta fase da competição.

Com um recorde de 15 vitórias consecutivas na Allianz Arena em jogos da Liga dos Campeões, o Bayern não pode contar com Boateng (lesão no ombro) e Ribéry (problemas musculares), mas uma das principais dores de cabeça para Carlo Ancelotti é o mau momento de forma de Thomas Müller. Nesta fase da época da época passada, o avançado alemão já tinha marcado 24 golos, mas esta época só rematou para o fundo das balizas por três vezes.

Com Müller previsivelmente no banco ao lado de Renato Sanches, Ancelotti deverá confiar as tarefas ofensivas a Douglas Costa, Arjen Robben e Robert Lewandowski, que vão ter David Ospina como o último adversário do lado dos ingleses: Arsène Wenger confirmou na antevisão da partida que vai continuar a apostar no guarda-redes colombiano na Liga dos Campeões, relegando Petr Cech para o banco de suplentes.

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