Dois anos depois de Lisboa, la movida madrilena toma de assalto Milão

Pela segunda vez nas últimas três épocas, a final da Liga dos Campeões colocará frente a frente Real Madrid e Atlético de Madrid. Cristiano Ronaldo garante que vai “estar a 100%” frente aos colchoneros

Fotogaleria
Casemiro, Gareth Bale, Ronaldo e Benzema durante o treino de sexta-feira STEFANO RELLANDINI/REUTERS
Fotogaleria
Ferreira-Carrasco, Fernando Torres e Óliver Torres na sessão de trabalho do Atlético TONY GENTILE/REUTERS

Para muitos, começa a ser uma “aborrecidíssima monotonia”: pela segunda vez nas últimas três épocas, a aguardada final da Liga dos Campeões será o centenário derby de Madrid entre Real e Atlético. Dois anos e cinco dias depois de merengues e colchoneros se terem defrontado em Lisboa, as duas principais equipas da capital espanhola estarão hoje frente a frente em Milão e Cristiano Ronaldo garante que entrará no relvado de San Siro em “melhores condições” do que em 2014, quando jogou no Estádio da Luz “cheio de dores na coxa e no joelho”.

A invasão de madrilenos vivida há dois anos por Lisboa, será hoje replicada em Milão. Novamente com Real Madrid e Atlético de Madrid como protagonistas do jogo decisivo do mais ambicionado troféu de clubes europeu, várias dezenas de milhares de espanhóis rumaram nos últimos dias à cidade italiana onde, pelo terceiro ano consecutivo, se assistirá à consagração de uma equipa espanhola na Liga dos Campeões – o Barcelona ainda é o detentor do troféu.

Se do lado merengue o objectivo é regressar a Madrid com “la undécima”, os colchoneros, na terceira vez que disputam a final da prova, procuram conquistar pela primeira vez o troféu, mas há uma má notícia para o Atlético: apesar de ter abandonado na terça-feira mais cedo o treino do Real Madrid, Cristiano Ronaldo “está bem”. Depois de o internacional português ter garantido a meio da semana em declarações a uma televisão espanhola que iria estar a 100% na final de Milão, reconhecendo que há dois anos, no Estádio da Luz, defrontou o Atlético “cheio de dores na coxa e no joelho”, ontem foi a vez de Zinedine Zidane tranquilizar os adeptos “blancos”. Já em Milão, na conferência de imprensa de antevisão do jogo, o treinador do Real Madrid admitiu que Ronaldo “tem tido algumas queixas físicas”, mas assegurou que o avançado “está bem, a 100%”.

Sem querer destacar nenhum jogador do Atlético – “O que fazem, fazem como equipa” -, Zizou mostrou-se seguro de que terá pela frente um duelo “dificílimo”, mas não deixou dúvidas de que os seus jogadores “estão prontos” para a final, embora reconheça que está ansioso pelo início da partida. “Estou um pouco nervoso, mas estou bem. Quando o jogo começar estarei ainda mais tenso, mas isso faz parte do trabalho de um treinador. Gosto de trabalhar com pressão. Antes da final de Lisboa, o Ancelotti disse-me que um dia seria eu numa final com o Real Madrid. Cá estou.”

Para Diego Simeone, a experiência não será nova. Dois anos depois de ver fugir de forma dramática a vitória na Liga dos Campeões (no minuto 90 o Atlético estava a vencer o Real na final de 2013-14, acabando derrotado no prolongamento), o técnico argentino diz-se “encantado por carregar nas costas” a pressão de “113 anos de história” dos colchoneros. “El Cholo” prevê que os primeiros minutos do Real Madrid-Atlético de Madrid serão “muito tensos e equilibrados”, alertando que o adversário é “muito perigoso se tiver espaço”.

Com um saldo claramente favorável nos derbies disputados desde a final de Lisboa – quatro vitórias, cinco empates e uma derrota -, Simeone refere que a sua equipa tem “uma grande vontade e paixão por vencer”, terminado com um elogio aos seus jogadores: “O melhor deste grupo é que insiste, trabalha, reinventa-se e não muda o sistema, a estrutura e o compromisso.”

Sugerir correcção
Comentar