Derrota não tirou ao Real Madrid a terceira final em quatro anos

Com uma excelente entrada na partida, o Atlético de Madrid ameaçou a surpresa (2-1). Mas não conseguiu impedir os “merengues” de avançarem para a sua 15.ª final da Liga dos Campeões.

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Cristiano Ronaldo manda calar os adeptos do Atlético de Madrid Reuters/Sergio Perez
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Cristiano Ronaldo Reuters/Sergio Perez
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Momento do jogo entre o Atlético de Madrid e o Real Madrid LUSA/JUANJO MARTIN
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Um dos golos do jogo Reuters/Juan Medina
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Jogadores do Atlético tentam tirar a bola a Navas Reuters/Juan Medina
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Isco, autor do golo do Real Madrid Reuters/Sergio Perez
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Momento do jogo entre o Atlético de Madrid e o Real Madrid LUSA/Mariscal
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Imagem das bancadas do Vicente Calderón antes do jogo Reuters/Sergio Perez

A noite era histórica e irrepetível, porque o Atlético de Madrid fazia a despedida europeia do Vicente Calderón, recinto a que os “colchoneros” chamam casa desde 1966. A equipa de Diego Simeone ergueu-se à altura da ocasião e dois golos de rajada fizeram as bancadas sonhar. Mas um golo de Isco, perto do intervalo, gelou as bancadas e deixou o Real Madrid confortável. Apesar da derrota (2-1), será a equipa de Zinedine Zidane a disputar a final da Liga dos Campeões. Pela terceira vez em quatro anos (2014, 2016 e 2017), os “merengues” jogam a decisão do título europeu. Em Cardiff, a 3 de Junho, vão defrontar a Juventus.

Com uma vantagem confortável obtida na primeira mão, em casa (3-0), o Real Madrid estava prevenido contra sobressaltos. O Atlético de Madrid tinha uns meros 5,44% de probabilidades de passar à final da Champions, segundo um artigo do estatístico espanhol Mister Chip no diário desportivo As, mas a equipa de Simeone agarrou-se a eles. A missão dos “colchoneros” era muito difícil, mas os jogadores demonstraram que não era impossível. Na partida que marcou a despedida europeia do Vicente Calderón, os anfitriões tiveram uma entrada muito forte e aos 16’ já venciam por 2-0.

O Atlético era um autêntico vendaval dentro de campo e não demorou a dar trabalho a Keylor Navas. O costa-riquenho travou o remate de Koke (5’), mas já não conseguiu segurar o cabeceamento de Saúl Ñíguez, que adiantou os “colchoneros” aos 12’. Na sequência de um canto, saltou mais alto do que Cristiano Ronaldo e desferiu um golpe imparável, directo para o fundo da baliza do Real Madrid. Quatro minutos depois o Atlético de Madrid fazia o 2-0: Varane derrubou Fernando Torres e, no penálti que daí resultou, Griezmann marcou. O remate do internacional francês saiu mais em jeito do que em força e Navas ainda tocou na bola, mas não conseguiu evitar que entrasse.

Em vez de procurar imediatamente o terceiro golo que permitisse igualar a eliminatória, o Atlético de Madrid optou por baixar a intensidade e gerir o ritmo da partida. E, pouco antes do intervalo, viu a equipa de Zidane reduzir a desvantagem e deixar a noite muito complicada para os “colchoneros”. Após excelente trabalho de Benzema pela esquerda, a livrar-se de três adversários, Kroos fez um primeiro remate que Oblak defendeu, mas Isco estava pronto para a recarga e fez o golo. A esperança abandonou as bancadas, com o Atlético subitamente obrigado a marcar mais três golos para avançar para a final.

O segundo tempo não trouxe alterações ao marcador, apesar das excelentes oportunidades que o Atlético de Madrid teve. Navas foi gigante na baliza “merengue”, com uma mão-cheia de excelentes intervenções a negarem alento ao adversário — o lance em que impediu o golo a Ferreira Carrasco e a Gameiro (66’) merece destaque.

O Real Madrid vai tentar ser a primeira equipa a revalidar o título europeu desde que o Milan venceu consecutivamente em 1989 e 1990. Pela frente terá um adversário... italiano: a Juventus.

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