Altos jogos!

Se tem a mania que não gosta de desporto, use estes jogos olímpicos como ementa de degustação das várias modalidades.

Se tem a mania que não gosta de desporto, use estes Jogos Olímpicos como ementa de degustação das várias modalidades. Esta última palavra prova que se está por dentro do linguajar.

Comecei com o voleibol e fiquei siderado pelo jogo entre a selecção feminina do Japão e a da Coreia do Sul. Que jogo tão rápido, exaltante e divertido! Que jogadoras! Que espíritos de equipa! Que falta de fitas, de protestos, de perdas de tempo! Queria que o Japão ganhasse mas, apesar de ter jogado muito bem, a Coreia do Sul estava imparável e ganhou 3-1.

Viciado pelo voleibol – um jogo, repito, que nunca tinha visto, aprendendo as leis quando conseguia tirar os olhos do televisor – pus-me a ver o Holanda-China. Foi um jogo ainda mais excitante do que o anterior. Mais uma vez, apesar de magnífica, foi a equipa favorita – a China – que perdeu. Que luta! Que determinação! Que constante esperança de vencer! Que sacrifício!

Acho que foi o futebol que me adormeceu os sentidos. Não sabia que havia desportos velozes, ágeis, elegantes e permanentemente divertidos.

Passei para o andebol, naturalmente. Não pude ver o triunfo do Brasil sobre a Noruega, ultra-favorita. Nem tão-pouco a vitória de Angola sobre a Roménia. Mas vi uma França magnífica a ganhar a uma Holanda sem vontade nenhuma de perder.

Melhor ainda foi a esgrima (espada). É o desporto perfeito. Torci pela chinesa Sun Yiwen (China) e pela francesa Lauren Rembi (França) mas ganhou justa e classicamente a húngara Emese Szász. Viva!

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