A esperança veio de África

Raras foram as vezes em que não me emocionei quando os ouvi falar de casa. E muitas vezes pensei como é que podiam amar tanto um país que tinha tão pouco para lhes dar. A esperança alimenta o amor?

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Nos meses de Dezembro de 2020 e Janeiro e Fevereiro de 2021, fui chamada para trabalhar numa Estrutura de Apoio de Retaguarda Covid. Esta estrutura, montada numa antiga residência universitária, tinha como função principal receber os idosos infectados provenientes de lares onde existissem surtos. E apesar das péssimas condições do edifício, muito pouco adequadas para a prestação de cuidados de saúde, a verdade é que, à boa maneira portuguesa, tudo se arranjou. Tirámos portas para podermos entrar com camas; espetámos pregos na parede para pendurar balões de soro; fizemos uma sala de convívio num espaço de dez metros quadrados; e, dentro do possível, conseguimos garantir o conforto de todos os que por ali passaram. Mas nada disto teria sido possível sem o apoio de um grupo muito especial.

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