Angelina Jolie acusa Brad Pitt de abusos físicos anteriores a 2016

A actriz diz que, apesar de ter sido um episódio num avião, em 2016, que resultou no divórcio, as agressões começaram muito antes.

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Brad Pitt e Angelina Jolie foram, até 2016, um dos casais mais poderosos da indústria de Hollywood Reuters/JEAN-PAUL PELISSIER/arquivo
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A equipa jurídica de Angelina Jolie quer ter acesso a comunicações que provarão que Brad Pitt se recusou a comprar a parte da ex-mulher de Château Miraval, propriedade vitivinícola na região francesa da Provença, famosa pelo vinho rosé, a menos que ela assinasse um acordo de confidencialidade (NDA, na sigla em inglês). Isto porque, alegam, isso limitaria Jolie de falar dos abusos físicos que, reforçam os causídicos, começaram muito antes de 2016.

A iniciativa surge depois de, na semana passada, o tribunal ter dado razão a Brad Pitt sobre a alienação das acções da propriedade francesa, conferindo ao actor a possibilidade de recuperar os 10% das acções que tinha oferecido a Jolie por altura do casamento e que fez com que cada um passasse a ter 50% do negócio. Agora, com os 10% recuperados, Pitt volta a ser sócio maioritário.

De acordo com o novo processo, Jolie não vendeu as suas acções a Pitt por ter recusado o NDA com o qual, acusa-se, o actor queria impedir a ex-mulher de falar sobre o historial de abusos. Os documentos alegam que o NDA foi posto em cima da mesa depois de o actor ter conhecimento da existência de um processo selado que reunia “e-mails, resumos do testemunho esperado da família e outras provas” para ajudar a resolver a disputa pela custódia dos filhos.

“Embora o historial de abuso físico de Pitt contra Jolie tenha começado muito antes da viagem de avião da família, em Setembro de 2016, de França para Los Angeles, este voo marcou a primeira vez que ele dirigiu o seu abuso físico também para as crianças. Jolie deixou-o imediatamente”, lê-se no documento, que o Page Six cita.

O processo, que deu entrada nesta quinta-feira, reforça que Jolie “nunca apresentou queixa” contra o ex-marido porque “acreditava que o melhor caminho era para Pitt aceitar a responsabilidade e ajudar a família a recuperar do stress pós-traumático que ele causou”.

O ex-casal, que chegou a ser conhecido por Brangelina, uma mistura do nome do actor com o da actriz, aproximou-se durante as gravações do filme Mr. e Mrs. Smith, em 2004, quando fizeram um par romântico e começaram a namorar meses depois. Então, Pitt ainda era casado com a actriz Jennifer Aniston, da série Friends, tendo-se divorciado em 2005. Em Abril de 2012, Pitt e Jolie ficaram noivos e o casamento foi celebrado em 2014.

Ao longo dos anos tornaram-se um dos casais mais poderosos da indústria de Hollywood, não só pelos filmes que fizeram, juntos ou separados; mas também pelo seu activismo social e político. Na altura em que foi conhecido o pedido de divórcio, Jolie alegou “divergências irreconciliáveis”, pediu a custódia dos seis filhos do casal, Maddox, Zahara, Shiloh, Pax, Vivienne e Knox, e dispensou pensão de alimentos.

Em Maio de 2021, um juiz deliberou a guarda conjunta para os filhos menores, mas a actriz apresentou documentos a atestar abusos e um tribunal de recurso reverteu a decisão. Brad Pitt deu entrada com um pedido de revisão no Supremo Tribunal da Califórnia, mas este rejeitou a petição. Mais recentemente foi indicado que Jolie manterá a custódia primária dos menores Shiloh, de 17 anos (quase 18, em Maio, que recentemente terá manifestado vontade de viver com o pai), e dos gémeos Vivienne e Knox, de 15 anos.

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