Ataques russos causam quatro mortos e 11 feridos em Kharkiv

Bombardeamento causou danos em várias infra-estruturas da cidade no Nordeste da Ucrânia, deixando cerca de 350 mil pessoas sem energia.

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Socorristas ucranianos transportam um dos feridos no ataque russo à cidade de Kharkiv Reuters/Vitalii Hnidyi
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Uma série de ataques por parte das forças da Rússia causou, na madrugada desta quinta-feira, quatro mortos e 11 feridos em Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, anunciaram as autoridades locais.

O chefe da região militar de Kharkiv referiu que a cidade do Nordeste da Ucrânia foi alvo de ataque por parte de “pelo menos 15 drones inimigos” Shahed, fabricados pelo Irão, durante a noite, alguns dos quais foram abatidos pela defesa antiaérea.

Oleg Synegubov acrescentou que os ataques causaram quatro vítimas mortais, incluindo três socorristas, e levaram à hospitalização de três feridos, um dos quais em estado grave.

O autarca de Kharkiv, Igor Terekhov, disse que os socorristas morreram durante um “segundo ataque” contra edifícios residenciais que tinham acabado de ser bombardeados numa “área densamente povoada” da cidade.

Numa mensagem publicada na plataforma Telegram, Terekhov alertou que os ataques causaram danos em várias infra-estruturas. Cerca de 350 mil residentes da cidade e das zonas limítrofes ficaram sem energia eléctrica, informou o Ministério da Energia numa declaração publicada também no Telegram.

As cidades da Ucrânia são alvo de bombardeamentos russos quase todas as noites, sendo Kharkiv, situada perto da fronteira com a Rússia, uma das mais regularmente atacadas.

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, mas não conheceu avanços significativos na linha da frente nos últimos meses, mantendo-se as duas partes irredutíveis nas suas posições territoriais e sem abertura para cedências negociais.

Os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infra-estruturas ucranianas, enquanto as forças de Kiev têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.

Já no terceiro ano de guerra, as Forças Armadas ucranianas confrontam-se com falta de armamento e munições, apesar das reiteradas promessas de ajuda dos aliados ocidentais.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, que manteve uma conversa telefónica com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, garantiu na quarta-feira o apoio político, económico, humanitário e militar de Portugal à Ucrânia “enquanto for necessário”.

“A Ucrânia pode contar com o nosso apoio político, económico, humanitário e militar enquanto for necessário. Trabalharemos juntos para construir a paz na Europa e no mundo”, escreveu Montenegro na rede social X (antigo Twitter).

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