Acções da chinesa Xiaomi sobem 16% após lançamento do primeiro carro eléctrico

Empresa chinesa espera vender entre 55.000 e 100.000 unidades do modelo eléctrico SU7 este ano, e ainda não revelou se pretende vender o veículo no exterior.

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Empresa espera vender entre 55.000 e 100.000 unidades do SU7 este ano Reuters/Florence Lo
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As acções da empresa chinesa de tecnologia Xiaomi subiram até 16%, na abertura da sessão na Bolsa de Valores de Hong Kong, impulsionadas pelo lançamento do seu primeiro veículo eléctrico, o SU7, que recebeu quase 90 mil encomendas em apenas 24 horas.

O preço do modelo standard é de 215.900 yuan (27.667 euros), enquanto as versões Pro e Max custarão 245.900 yuan (31.670 euros) e 299.900 yuan (38.432 euros), respectivamente.

"É 30.000 yuan (3.851 euros) mais barato do que o Model 3", disse o fundador da empresa, Lei Jun, na apresentação, na quinta-feira, referindo-se ao veículo da Tesla, com sede nos Estados Unidos da América (EUA), cujo preço de venda a retalho na China começa em 245.900 yuan (31.670 euros).

A forte procura fez aumentar o tempo de espera para a entrega do veículo para entre quatro e sete meses.

O director executivo da empresa, que investiu 10 mil milhões de dólares (9,3 mil milhões de euros) no negócio automóvel, chamou ao projecto "a última grande aventura empresarial" da sua vida.

Chris Bangle, consultor do veículo e designer dos futuros automóveis da marca, afirmou na apresentação que o SU7 é um "exemplo da indústria eléctrica chinesa".

A empresa espera vender entre 55.000 e 100.000 unidades do SU7 este ano.

O eventual sucesso no mercado dos veículos eléctricos da Xiaomi, até agora conhecida sobretudo pelos seus telemóveis, poderá ter um impacto nas companhias rivais também chinesas, como a XPeng e a BYD, que poderão ser forçadas a ajustar os seus preços para se manterem competitivas.

O SU7 vai ser colocado à venda em 211 lojas de 39 cidades da China no prazo de um mês, desde a compra até a entrega do veículo, disse Lei.

A Xiaomi, que ainda não anunciou planos para vender o veículo no exterior, planeia lançar mais modelos de veículos eléctricos no futuro, com o objectivo de se tornar um dos cinco maiores fabricantes de carros eléctricos do mundo dentro de 15 a 20 anos.

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