Trabalhadores das Misericórdias em greve por melhores salários e condições de trabalho

Trabalhadores nas Misericórdias estão em greve nacional por não terem obtido resposta dos representantes sobre aumentos salariais. Serão assegurados os serviços mínimos.

Foto
Federação apresentou uma proposta de actualização salarial para todos os trabalhadores, mas não obteve resposta Nelson Garrido
Ouça este artigo
00:00
01:52

Os trabalhadores das Misericórdias cumprem esta sexta-feira um dia de greve nacional para reivindicar salários justos e dignos, melhores condições de trabalho e a integração na esfera do Estado. Convocada pela Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS), a paralisação teve início às 00h e termina às 24h.

Numa nota à comunicação social, a federação refere que apresentou aos representantes das Misericórdias uma proposta de actualização salarial para todos os trabalhadores, mas não obteve resposta, o que levou a estrutura sindical a requerer junto do Ministério do Trabalho a conciliação do processo de revisão salarial.

"Já para 2024, a FNSTFPS entregou aos representantes das Misericórdias, uma proposta de aumentos salariais de 150 euros ou de 15% para todos trabalhadores, tendo obtido como resposta daqueles, a inviabilidade de proceder a qualquer actualização relativa a 2023, ainda que relativamente a 2024 se comprometessem a apresentar uma proposta, o que não fizeram até agora", refere a federação.

A estrutura sindical sublinha que, graças aos acordos de cooperação celebrados com o Governo, as Misericórdias têm recebido apoios financeiros do Estado para assumirem as funções que o próprio Estado deveria cumprir.

"Em 2023 estes acordos tiveram uma actualização entre os 7% e os 8%, sem que tal se reflectisse nos salários dos trabalhadores. Para 2024, estes mesmos acordos de cooperação tiveram um reforço de 123 milhões de euros e ainda assim, as Misericórdias ficaram-se por uma proposta de actualização salarial, para negociação, que resulta em aumentos entre dois euros e cinco euros mensais, num completo desrespeito pelos trabalhadores e pela dignidade humana", critica.

A federação salienta que "é neste quadro que decidiu convocar a greve" em que os serviços mínimos serão assegurados nos serviços que funcionem ininterruptamente.

Sugerir correcção
Comentar