Já há um banco a poder vender certificados de aforro

A partir desta quinta-feira, o BIG junta-se aos CTT na venda de certificados de aforro. Segundo a agência que gere a dívida pública, este é o primeiro banco a poder fazê-lo.

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Até agora, os certificados de aforro só podiam ser vendidos nos CTT - foto de arquivo Ricardo Campos
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Quem quiser aumentar as suas poupanças através da subscrição de certificados de aforro já o poderá fazer junto de um banco. De acordo com o comunicado da agência que gere a dívida pública, divulgado esta quinta-feira, o Banco de Investimento Global (BIG) é “a primeira instituição financeira” a juntar-se aos CTT, aos Espaços do Cidadão e à plataforma electrónica gerida pelo próprio IGCP, os únicos canais onde até agora era possível subscrever este tipo de poupança.

“Os aforristas portugueses têm a partir de hoje acesso aos produtos de aforro do Estado através de mais uma entidade de distribuição e de novos canais digitais”, lê-se no comunicado sobre o alargamento da rede de distribuição de certificados de aforro.

O BIG é um banco especializado em poupança e investimento, indica a mesma nota, acrescentando que “este é mais um passo na estratégia de alargamento da rede de colocação dos produtos de aforro do Estado e de melhoria da experiência dos aforristas, que permite subscrever estes produtos de poupança de forma 100% digital”.

A instituição responsável pela gestão da dívida pública e liderada por Miguel Martín explica que este alargamento acontece “na sequência de um projecto desenvolvido com a EsPAP [Entidade de Serviços Partilhados da Administração Pública] e do visto prévio do Tribunal de Contas sobre este contrato”.

“Todas as instituições financeiras ou de pagamento inscritas no Banco de Portugal podem juntar-se à rede de distribuição, num modelo de adesão voluntário e aberto”, refere o mesmo comunicado.

O alargamento da rede de subscrição de certificados de aforro está previsto numa portaria publicada a 4 de Junho de 2023. Em Fevereiro do ano passado, no Parlamento, o presidente do IGCP disse que o Estado pagava aos CTT entre 0,585% e 0,26% pelas subscrições dos certificados de aforro e de tesouro, revelando a intenção de alargar a rede.

Os certificados de aforro e de tesouro são instrumentos de dívida pública que o Estado emite para se financiar.

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