Comissão independente já entregou relatório final do aeroporto ao Governo

Publicação do documento sobre a localização do novo aeroporto de Lisboa está prevista para 22 de Março.

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A Comissão Técnica Independente é liderada por Rosário Partidário Daniel Rocha
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A Comissão Técnica Independente (CTI) entregou esta segunda-feira ao Governo o relatório final sobre as opções de localização para o novo aeroporto de Lisboa, disse fonte oficial à Lusa.

A CTI irá entregar o relatório também à Comissão de Acompanhamento, que emitirá o seu parecer antes da publicação do relatório, prevista para 22 de Março, na mesma semana em que serão apurados os resultados que faltam das eleições legislativas deste domingo e das quais sairá o próximo executivo governamental.

A 5 de Dezembro passado, a CTI apresentou o relatório preliminar, que depois foi submetido a consulta pública. A comissão considerou que, das nove opções em estudo, Alcochete é a que apresenta mais vantagem, com uma primeira fase em “modelo dual” com o Aeroporto Humberto Delgado, passando depois para uma infra-estrutura única na margem Sul do rio Tejo. Foi também considerada viável a opção de Vendas Novas, nos mesmos moldes, passando depois para aeroporto único.

Um dia depois das eleições legislativas, o presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP), Francisco Calheiros, disse estar apreensivo com um eventual adiamento da decisão sobre o novo aeroporto face ao cenário “incerto” de governabilidade que resultou das eleições legislativas.

“Preocupa-nos, sobretudo, no imediato, um possível novo adiamento da decisão sobre o novo aeroporto, algo que seria muitíssimo prejudicial para o turismo e para o país”, afirmou Francisco Calheiros, numa nota enviada às redacções.

A CTP considera que “os resultados eleitorais sugerem um panorama político incerto em termos de governabilidade e estabilidade”, o que lhe levanta preocupações.

“Num momento de grande incerteza internacional, com as conhecidas consequências económicas e sociais, a perspectiva de dificuldades em Portugal em ter um Governo estável e a eventualidade de novas eleições deixam os empresários do turismo na expectativa, com um sentimento de incerteza, que em nada beneficia a actividade turística”, refere a confederação.

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