Resiste na paisagem o Neiva, rio de engenhos e pessoas engenhosas

Todos aprenderam a nadar no rio. Calcorrearam-no todo — de canoa, de carro e de bicicleta —, acamparam nas suas margens e recolheram testemunhos que o mantêm vivo. “O património é valiosíssimo.”

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Neiva, rio de engenhos e de pessoas engenhosas Paulo Pimenta
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Era uma vez um rio, que é uma deusa, que é um rio, onde todos aprenderam a nadar, repleto de poesia e de teatro popular, de tantas lendas como de pedras avulsas, de levadas, de engenhos e de pessoas engenhosas, de forjas e serradores, mós e carretas, azenhas atrás de azenhas, que em esforço resistem na paisagem. "Umas vezes com um leito de margens planas, outras entre montanhas e declives acentuados, o rio Neiva é um dos pequenos rios portugueses mais belos e de magia rara", aponta à Fugas o antropólogo Álvaro Campelo, referindo-se ao rio que nasce na serra do Oural (Vila Verde) — nascente de mais dois rios, Covo e Trovela — e que ao longo de 45 quilómetros corre ao longo de duas margens muito encaixadas atravessando cinco concelhos (Vila Verde, Ponte de Lima, Barcelos, Viana do Castelo e Esposende).

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