Dois dias para ver, discutir e aprender fotografia (gratuitamente) na Maia

A 8 e 9 de Março, o Fórum da Maia recebe a 2.ª edição do Colóquio de Fotografia da Maia. Com dez fotógrafos portugueses, o encontro promove a fotografia como promotora da reflexão e da cidadania.

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A fotógrafa Lara Jacinto apresenta o seu projecto "Dentro e Fora" Lara Jacinto
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Lucília Monteiro é uma das convidadas para o 2º Colóquio de Fotografia da Maia, com o trabalho "Imagem Foto / Corpo Lugar" Lucília Monteiro
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"Chuveiro" é um dos trabalhos do artista, que expõe regularmente no estrangeiro desde a década de 90 António Júlio Duarte
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A artista Inês d'Orey fotografa principalmente arquitetura e traços da cidade contemporânea Inês d'Orey
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"Porta do Sul" estará em exposição durante o evento José Bacelar
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Sofa
©Céu Guarda/kameraphoto
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Atualmente, Céu Guarda trabalha de forma independente e ensina fotografia Céu Guarda
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"Filhos do Sol - A busca do idílico" foi fotografado numa residência artística, em Lagoa Augusto Brázio
Preto e branco
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O fotógrafo Bruno Silva vem substituir a participação de Virgílio Ferreira Bruno Silva
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O pelouro da Cultura da Câmara Municipal da Maia volta a organizar o Colóquio de Fotografia da Maia, com a curadoria e produção da Associação Dez Quinze. A segunda edição do evento sobre fotografia junta os mais curiosos a dez fotógrafos profissionais portugueses. O encontro está marcado para 8 e 9 de Março, no Fórum da Maia.

O programa deste ano conta com exposições dos trabalhos fotográficos dos convidados, uma masterclass de edição de projecto guiada por António Pedrosa, dois workshops de fotografia em conjunto com o Instituto de Produção Cultural e Imagem (IPCI) e uma mesa redonda, com a moderação de Rui Prata. Como no ano passado, a entrada e a participação nas actividades são totalmente gratuitas.

O encontro, que tem curadoria de José Farinha e de Paulo Pimenta, fotojornalista do PÚBLICO, tem como principal objectivo realçar a importância da fotografia como meio de comunicação e promotora da cidadania.

“A grande diferença para este ano é que há uma masterclass de fotografia, direccionada para um público mais avançado na área da fotografia. O resto do programa segue o sucesso do ano passado, com exposições e workshops”, apresenta-o José Farinha. Embora a masterclass tenha um público mais experiente, o curador refere que o Colóquio de Fotografia da Maia é um evento para “amantes da arte em geral”, sejam eles iniciantes ou profissionais.

“Cada fotógrafo teve a liberdade de fazer a apresentação de propostas para as exposições e são todas bastante distintas”, explicou, ao P3.

Em exposição estarão os trabalhos de Augusto Brázio (Filhos do Sol – A busca do idílico), José Bacelar (Porta do Sul), Lara Jacinto (Dentro e Fora) e Lucília Monteiro (Imagem Foto / Corpo Lugar). Já no segundo e último dia, os projectos de Inês d’Orey, António Júlio Duarte e Céu Guarda são revelados. Virgílio Ferreira era um dos nomes confirmados para o segundo dia de programação, no entanto, por motivos pessoais, teve de se ausentar do evento, sendo substituído por Bruno Silva. Para além da parte expositiva, espera-se ainda o debate moderado pelo fotógrafo Rui Prata, organizador e fundador do festival Imago, os workshops em conjunto com o IPCI direccionados para a comunidade escolar e a masterclass de edição de projecto por António Pedrosa.

Ainda que a sua parte do programa seja mais orientada para um público com experiência, António Pedrosa defende que a barreira entre profissional e amador se tem vindo a esbater. “Antigamente, fotógrafos que tinham intenções sociais e políticas nos seus projectos tinham um output, que era a imprensa. E isso deixou de existir. Agora todos podem tentar um pouco de tudo, com mais ou menos prática”, acrescenta. Para além disso, admite que maior parte dos fotógrafos emergentes não têm a fotografia como fonte de rendimento total.

Embora muitos fotógrafos tenham de procurar outros trabalhos, a fotografia tem vindo a ser valorizada. “Se nós pensarmos numa questão artística da valorização da fotografia, a fotografia em menos de 50 anos valorizou imenso e não apenas em Portugal”, remata. Quanto ao Porto, António Pedrosa realça que, apesar de existirem um grande número de artistas, a falta de espaços continua a ser um problema.

Para além do desejo de que o Colóquio continue a acontecer todos os anos, a Dez Quinze almeja para que o programa se torne mais extenso e variado, permitindo também a presença de artistas internacionais e alargando a variedade de estilos em exposição.

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