“PÚBLICO – 30 anos de fotografia”. Pode uma boa imagem salvar o Mundo?

Exposição comemorativa dá a conhecer alguns dos melhores trabalhos fotográficos publicados ao longo das últimas três décadas.

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Das páginas do jornal para as paredes da Casa da Calçada, em Viseu. A exposição “PÚBLICO – 30 anos de fotografia” é a representação icónica de momentos que fazem parte da história de Portugal e do Mundo e é um exemplo do “melhor que se faz no fotojornalismo”.

Está patente até 21 de Setembro e reúne trabalhos das últimas três décadas, como a imagem que Luís Ramos captou em 1994 da manifestação de estudantes junto à Assembleia da República e que deu origem à designação “geração à rasca” ou a fotografia das crianças de Angola vítimas da guerra civil que foi tirada por Miguel Silva, em 1997. A queda da ponte de Entre-os-Rios em 2001 contada por Manuel Roberto e o olhar de Manuel Francisco nos incêndios de 2017 que Adriano Miranda retratou são, também, exemplos de outras fotografias que podem ser vistas na Casa da Calçada.

Imagens que “se não salvaram o Mundo”, ajudaram a melhor o compreender e são a representação de um trajecto que deu origem à escola de fotojornalismo do Jornal, como resumiu, na inauguração da exposição, Manuel Carvalho, director do PÚBLICO.

“Temos um enorme orgulho da nossa escola de fotografia, nas diferentes gerações de fotógrafos que foram fazendo essa escola ao longo dos últimos 30 anos. Para nós, e desde a equipa que fundou o Jornal, a fotografia não é só um acessório. A fotografia tem a sua própria identidade e tem que acrescentar por si e não mostrar apenas a visualização que o texto descreve. E foi a partir desta visão que nós construímos esta escola. À pergunta se há imagens que podem salvar o mundo, salvar pode ser ambicioso, mas há casos de imagens que mudam as percepções das pessoas sobre os problemas, disso não temos dúvidas”, disse.

“Pode uma boa imagem salvar o Mundo” foi, precisamente, o desafio que foi lançado no debate que decorreu na inauguração e onde ficou assente que, se não ajuda, pelo menos “alerta consciências”, como salientou o fotojornalista Nuno André Ferreira. Moderado por David Pontes, subdirector do PÚBLICO, a discussão à volta de fotojornalismo e os últimos 30 anos de mudanças juntou Alfredo Cunha, um dos primeiros editores de fotografia do jornal, Manuel Roberto, que é actualmente um dos editores, e a professora de ciências da comunicação Fátima Lopes Cardoso. A docente da Universidade Autónoma de Lisboa destacou como a fotografia no PÚBLICO mudou o panorama do fotojornalismo em Portugal.

A exposição comemorativa dos 30 anos do PÚBLICO mora agora na Casa da Calçada, imóvel do século XVIII situado no centro histórico de Viseu e que reabriu ao público depois de reabilitado pela autarquia, tornando-se num novo espaço expositivo da cidade e que, no futuro, vai acolher o espólio da família Keil do Amaral.

O vereador da Cultura, Jorge Sobrado, disse que resulta de um “momento particularmente feliz” o facto de Viseu acolher uma exposição com esta importância, no ano em que o município “se elege como território de fotografia e de cinema”. “A oportunidade aberta pela conclusão de uma obra de reabilitação tornou possível que uma associação cultural como a Viseu Marca pudesse desviá-la do Porto e de Lisboa, dos grandes centros onde habitualmente estas coisas acontecem”, frisou.

A exposição representa, como fez questão de frisar Manuel Roberto, editor de fotografia, “uma pequeníssima parte do que se fez ao longo dos últimos 30 anos”.

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