Perguntas e respostas sobre a “super-terça-feira”

Nesta terça-feira, 16 estados norte-americanos vão votar nas primárias do Partido Republicano e do Partido Democrata. Segundo as sondagens, Donald Trump e Joe Biden vão dominar a maratona eleitoral.

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Apoiantes de Nikki Haley, candidata nas eleições primárias do Partido Republicano EPA/ERIK S. LESSER
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O que é a "super-terça-feira"?

No contexto das eleições primárias para a escolha dos candidatos à Presidência dos Estados Unidos da América, a "super-terça-feira" é a terça-feira do calendário eleitoral em que mais estados norte-americanos vão a votos no mesmo dia. Entre o início das primárias (em Janeiro ou Fevereiro de um ano eleitoral) e a"super-terça-feira" (em Fevereiro ou Março), as votações são mais espaçadas — e decorrem, na maioria dos casos, em apenas um estado de cada vez.

As eleições nos EUA são sempre à terça-feira?

Só no caso das eleições federais (para a Casa Branca e para as duas câmaras do Congresso dos EUA), o que não se aplica a eleições primárias, nem a votações para o cargo de governador de cada estado, por exemplo. A decisão remonta a 1845, numa época em que muitos eleitores se deslocavam em carroças e precisavam de um dia para chegar às mesas de voto. A terça-feira era o dia mais indicado, porque encaixava entre um domingo de descanso e de missa e uma quarta-feira de mercado.

Quantos estados vão a votos?

Este ano, 16 estados norte-americanos — e também a Samoa Americana, um território administrado pelos EUA — vão participar na "super-terça-feira", incluindo os gigantes Califórnia e Texas. No Alasca, a eleição decorre apenas no Partido Republicano; no Iowa, só o Partido Democrata vai a votos. Ao contrário do que acontece nos estados de pleno direito, os eleitores dos cinco territórios habitados que são administrados pelos EUA (Porto Rico, Guam, ilhas Marianas Setentrionais, Samoa Americana e ilhas Virgens dos Estados Unidos) participam nas eleições primárias, mas não têm representação no Colégio Eleitoral.

O que é o Colégio Eleitoral?

É o processo que determina o vencedor de uma eleição presidencial, e não um órgão com representantes permanentes. No caso da eleição presidencial nos EUA, tratando-se de uma eleição indirecta, um eleitor que vota em Donald Trump ou em Joe Biden no dia da eleição geral (este ano, a 5 de Novembro) está na realidade a seleccionar um grupo de cidadãos previamente eleitos ou seleccionados pelos respectivos partidos para representarem cada um desses candidatos. Depois de apurados e certificados os resultados nas urnas, os grupos que representam os candidatos com mais votos em cada um dos 50 estados (e também no distrito de Columbia, onde se localiza a capital, Washington D.C.) reúnem-se em Dezembro, numa data designada previamente, na sede dos governos dos seus estados, para transmitirem uma decisão final. Na esmagadora maioria dos casos, os representantes do Colégio Eleitoral (conhecidos como "grandes eleitores") mantêm-se fiéis aos candidatos que representaram nas urnas e à vontade dos eleitores. Para ser eleito Presidente dos EUA, um candidato tem de obter, pelo menos, 270 dos 538 votos do Colégio Eleitoral.

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