EDP ganha leilão de energia solar em edifícios públicos de Singapura

O contrato de 20 anos prevê a instalação de 320 mil painéis solares para produção distribuída de electricidade renovável em habitação pública e escolas.

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A EDP, presidida por Miguel Stilwell, iniciou operações em Singapura em 2022, com a compra da Sunseap Rui Gaudencio
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A EDP Renováveis vai explorar centrais solares na cobertura de 1176 edifícios públicos em Singapura. A empresa detida em 71,27% pela EDP anunciou esta terça-feira que assegurou “o direito de construir e operar, durante 20 anos, até 200 MWdc (174 MWac) de capacidade de geração solar distribuída em Singapura, a instalar na cobertura de edifícios públicos, com início de construção em 2024”.

São mais de mil edifícios de habitação pública e cerca de uma centena de edifícios de entidades governamentais e administrativas, incluindo 55 escolas públicas. No total, está prevista a instalação de cerca de 320 mil painéis solares, adiantou a empresa.

Trata-se da oitava fase do programa SolarNova, iniciado pelas autoridades de Singapura em 2014, com o objectivo de acelerar o aproveitamento de energia fotovoltaica no estado asiático.

A EDP, que tem entre os seus accionistas o fundo soberano de Singapura, refere que o foi “o único operador seleccionado nesta fase [do progama SolarNova] para desenvolver as instalações solares”.

A empresa de Singapura Sunseap, comprada pela EDP Renováveis há praticamente dois anos, por cerca de 600 milhões de euros, já havia ganho dois dos oito leilões desta iniciativa governamental, em 2015 e 2021.

A atribuição desta nova potência em Singapura “representa um marco significativo no avanço do compromisso da EDP de investir 2,5 mil milhões de euros em iniciativas de energia solar distribuída entre 2023 e 2026”, acrescenta a empresa, sem divulgar valores.

“Singapura reflecte uma oportunidade de crescimento atraente para a EDP na região Ásia-Pacífico, com foco em projectos de baixo risco e alta qualidade”, afirmou a empresa liderada por Miguel Stilwell de Andrade, em comunicado.

A EDP Renováveis tem operações em 28 países e a antiga Sunseap é o braço para a região Ásia-Pacífico, onde a operação é liderada por Pedro Vasconcelos.

Além de Singapura, passou também a estar presente no Vietname, Malásia, Indonésia, Tailândia, Camboja, Taiwan, China e Japão. Em Outubro, a empresa anunciou ter conseguido duplicar a capacidade de produção de energia solar na região da Ásia-Pacífico.

Dos 480 megawatt-pico (MWp) instalados quando adquiriu a Sunseap, por 600 milhões de euros, a EDPR já ultrapassou um gigawatt (GW) de potência, que se reparte por “510 MW (50%) no Vietname, 335 MW (33%) em Singapura, 100 MW (10%) na China e 75 MW (7%) nos restantes mercados emergentes, incluindo Japão, Taiwan e Malásia”.

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