Em desacordo com estratégia da maioria, socialistas excluem-se da comissão executiva da CGTP

Pela primeira vez desde 1975, este órgão da CGTP não terá elementos da tendência socialista. Os sindicalistas ligados ao BE continuam, como até aqui, de fora.

Foto
O congresso da CGTP, marcado pela eleição do novo secretário-geral, está a decorrer no Seixal LUSA/ANTÓNIO COTRIM
Ouça este artigo
00:00
01:35

O conselho nacional da CGTP elegeu nesta madrugada Tiago Oliveira para secretário-geral da central sindical e a nova comissão executiva. Mas, pela primeira vez desde 1975, os sindicalistas socialistas recusaram fazer parte deste órgão, numa reacção contra a corrente maioritária que se opôs ao alargamento da participação das tendências minoritárias na comissão executiva.

A estratégia dos socialistas, adiantou ao PÚBLICO Fernando Gomes, porta-voz da tendência, “era o aumento da unidade e democracia interna na comissão executiva, alargando a participação de mais sindicalistas das correntes, incluindo a socialista, reforçando assim a CGTP”.

Os socialistas defendiam que o número de representantes da sua tendência devia passar de cinco para seis, assim como a entrada de sindicalistas do Bloco de Esquerda que têm ficado excluídos.

“A corrente sindical do PCP recusou este justo e correcto objectivo”, lamenta Fernando Gomes.

Perante a oposição da corrente maioritária, “os sindicalistas socialistas não aceitaram integrar a comissão executiva, que foi eleita pelo conselho nacional”, justificou, acrescentando que continuarão a ser membros do conselho nacional da CGTP, que tem 147 elementos, onde vão defender “o alargamento da sua unidade e democracia interna”.

A comissão executiva eleita tinha 29 elementos, mas com a saída dos cinco sindicalistas socialistas passou a ter apenas 24.

Tal como até aqui, os sindicalistas do Bloco de Esquerda vão continuar fora da comissão executiva.

Sugerir correcção
Ler 10 comentários