Sucesso de Simone e Simeone, & Cia Lda testado na Champions

Velhos e “grandes” amigos, dos tempos da Lazio, reencontram-se no 100.º jogo do agora treinador do Atlético de Madrid na prova milionária. Inzaghi elogia argentino, mas quer nova final.

Foto
Diego Simeone prepara-se para completar o 100.º jogo como treinador na Champions EPA/Lluis Gene / POOL
Ouça este artigo
00:00
03:05

Finalista vencido da edição anterior da Liga dos Campeões e detentor de três dos troféus mais cobiçados a nível de clubes, o Inter defronta esta noite (20h, Eleven1), em Milão, o Atlético de Madrid em partida da primeira "mão" dos oitavos-de-final da competição.

Os espanhóis, finalistas em três ocasiões (1973/74, 2013/14 e 2015/16), que há um ano foram “riscados” do mapa da Europa na fase de grupos (no Grupo ganho pelo FC Porto), reeditam, de certa forma, volvidos 14 anos, o duelo da final da Supertaça Europeia conquistada (0-2) frente aos “nerazzurri” (então campeões europeus pela mão de José Mourinho) no principado do Mónaco.

Nessa altura já Diego Simeone, treinador dos “colchoneros” desde o início de 2012, há muito que deixara o Giuseppe Meazza, rumando, então, à Lazio de Roma, onde entre 1999 e 2003 se cruzou com o avançado italiano Simone Inzaghi, actual treinador do Internazionale.

Simone e Simeone, & Cia Lda podia, perfeitamente, ser o nome de uma firma que esta noite, na rota da final de Wembley, enfrentaria um quadro de dissolvência... apesar de, a julgar pelas palavras do italiano de Piacenza, o também “italiano” (naturalizado) de Buenos Aires, Simeone, ter sido um “grande companheiro e amigo”, que há mais de uma década empresta ao Atlético de Madrid o carácter inegociável vulgarmente conhecido por cholismo. Um traço de personalidade que permitiu ao Atlético "trocar 20 ou 22 jogadores nos últimos quatro jogos sem alterar a equipa".

Inzaghi sublinha a façanha e longevidade do, agora, adversário. Algo raro, atestado pelos 100 jogos que o antigo médio – grande responsável da “eliminação” da Inglaterra de Beckham no Mundial de 1998, ao expulsar o actual dono do Inter de Miami – cumprirá esta noite como treinador, na Champions.

Um momento ainda mais especial por ser frente ao emblema onde Simeone conquistou a Liga Europa (então Taça UEFA) de 1998. Obviamente, nada do que foi referido demoverá Inzaghi de lutar pela segunda presença consecutiva na final.

Mas o "carrasco" de FC Porto (“oitavos”) e Benfica (“quartos”) na edição passada tem, também para este encontro, um objectivo em mente: atingir a marca redonda de 300 golos na Liga dos Campeões. Para isso, precisa de marcar por duas vezes.

Nesse aspecto dava jeito pedir a Simeone um dos goleadores (Morata e Griezmann) máximos da competição. O problema é que Morata, lesionado, não vai a jogo e Griezmann foi poupado frente ao Las Palmas porque será peça indispensável para esta terça-feira.

Indiferentes a este reencontro de velhos amigos, estarão PSV Eindhoven e Borussia Dortmund. Os neerlandeses, que estão nos "oitavos" da Champions pela primeira vez desde 2015-16 e são líderes destacados da Eredivisie, recebem o vice-campeão alemão (falhou o título de forma dramática na última jornada de 2022/23), equipa que ainda não perdeu em 2024.

Sugerir correcção
Comentar