Reyes empurrou o Atlético para a primeira Supertaça

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Reyes fez o primeiro golo da noite Philippe Laurenson/Reuters

A história da Supertaça europeia 2010 pode facilmente ser dividida em dois capítulos: o primeiro, de especial apatia e cautela extrema, até aos 58’; o segundo, daí até final, com José Antonio Reyes como protagonista. O extremo espanhol foi o principal factor de desequilíbrio num jogo em que o Inter de Benítez esteve longe do Inter de Mourinho. E em que o Atlético de Quique versão 2010-11 pareceu mais Atlético que o de 2009-10. Tudo junto ajuda a explicar a vitória dos colchoneros (2-0), que aproximaram Espanha de Itália no quadro de honra.

Barcelona, Real Madrid, Valência e Sevilha já tinham contribuído para um total de sete Supertaças europeias com as cores espanholas, um registo que, antes do jogo de hoje, no Mónaco, ficava a dois troféus de distância de Itália, o país com mais vitórias na prova. Graças a Reyes e companhia, o Atlético juntou-se à festa e reduziu a diferença ao mínimo.

Mas foi necessário que o extremo que já brilhou no Benfica sacudisse o jogo. Até aos 58’, cinco remates para o Inter, seis para o Atlético, zero na direcção da baliza. Um indicador que revela bem o grau de desinspiração no relvado. Nesse minuto, porém, Reyes iludiu Chivu e rematou em arco para uma defesa de classe de Júlio César. Quatro minutos depois, o brasileiro nada pôde fazer quando o esquerdino surgiu na área, após tabela com Aguero, e rematou rasteiro perante o espanto de Maicon.

O lateral brasileiro também assistiria impotente ao lance do segundo golo, aos 83’: Simão fugiu na esquerda e fez uma assistência perfeita para a pequena área, onde Aguero se limitou a empurrar para o 2-0. E nem um penálti assinalado aos 88’ manchou a vitória espanhola. Diego Milito, eleito o futebolista do ano pela UEFA, permitiu a defesa a De Gea. E assim o guarda-redes também se tornou uma das figuras da noite.

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