FC Porto bate Atlético Madrid e reclama primeiro lugar do grupo

Atlético de Madrid penou no Dragão, onde se despediu da Europa em tarde cinzenta, só disfarçada pela segurança de Oblak.

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Eustáquio marcou o segundo golo do FC Porto apesar da ameaça de Reinildo EPA/JOSE COELHO

O FC Porto fechou, esta terça-feira, no Estádio do Dragão, as contas do grupo B da Liga dos Campeões, que concluiu no pretendido primeiro lugar - com estatuto de cabeça de série -, após infligir uma derrota, por 2-1, e que poderia ter atingido proporções bem mais penosas para o Atlético de Madrid, que se despediu da Europa.

Ainda assim, Jan Oblak foi o escudo de protecção que salvou o Atlético de Madrid de uma autêntica derrocada, apesar de o esloveno nada poder ter feito nos golos de Taremi (5') e Eustáquio (24').

Pressionado pela obrigatoriedade de obter um resultado capaz de tirar o Bayer Leverkusen da equação europeia, o Atlético Madrid empenhou-se desde o início, conseguindo duas aproximações interessantes à baliza de Diogo Costa. Com Álvaro Morata condicionado, no banco, Diego Simeone apostou na dupla João Félix e Griezmann, com Correa no apoio.

Nada que atemorizasse o FC Porto, que aos cinco minutos se colocava em vantagem na sequência de um golo de Taremi, o quinto em cinco jogos. Depois da expulsão em Madrid, o iraniano saldou a dívida ao emendar, sem oposição, um remate falhado de Evanilson. Taremi tinha, segundos antes, tirado as medidas à baliza de Oblak, pelo que já não falhou o alvo, igualando figuras como Zahovic, Brahimi, Marega e Benni McCarthy, “dragões” com oito golos na Champions.

O FC Porto estava virtualmente na liderança do grupo B, enquanto o Atlético de Madrid caía para o último lugar, o que motivou uma improvisada reunião de emergência junto ao banco de Simeone, que de pouco serviu. E só a displicência de Galeno, apenas com Oblak pela frente, permitiu prolongar por mais dez minutos a esperança espanhola de chegar à igualdade.

O brasileiro levantou a cabeça e redimiu-se ao rasgar uma avenida que proporcionou a entrada triunfal de Eustáquio, autor do segundo golo da tarde, num disparo indefensável para o guarda-redes esloveno.

Até ao intervalo, Jan Oblak ainda salvou o Atlético de Madrid mais uma vez, evitando (de novo com o pé) o terceiro golo portista, numa finalização de Otávio. Diogo Costa ainda não tinha sido posto à prova e o Atlético Madrid chegava, mesmo, ao intervalo sem criar um verdadeiro momento de fricção para a defesa portista, capitaneada por Marcano, em estreia na presente edição da Liga dos Campeões.

Encostado às cordas, o Atlético precisava de uma volta de 180 graus para evitar o drama europeu, o que deixava o FC Porto ainda mais confortável no papel de gerir e explorar as fragilidades e a maior exposição ao erro do adversário. Daí resultou uma segunda parte fértil em oportunidades para os portistas, que desperdiçaram inúmeras situações para colocarem a fasquia num patamar inatingível para os madrilenos.

A ineficácia de Taremi e Evanilson oferecia mais um balão de oxigénio ao Atlético, que ainda colocou a bola no fundo das redes de Diogo Costa, mas em lance invalidado pelo árbitro e confirmado pelo VAR, por falta sobre Galeno. Árbitro que tinha já perdoado uma mão de Griezmann na área de rigor.

O encontro entrava rapidamente no período mais decisivo, com as primeiras substituições a darem nova vida aos espanhóis, que iam sendo poupados pela desinspiração de Evanilson e Galeno na hora de fechar as contas. Também porque o jogo estava cada vez mais partido e sujeito à vertigem dos últimos minutos.

Nos derradeiros minutos, o forcing do Atlético resultou num pontapé de canto, que, já no tempo de compensação, levou a bola ao interior da baliza de Diogo Costa, após desvio infeliz de Marcano. Nada que pusesse em causa, porém, o triunfo portista e a respectiva subida (definitiva) ao primeiro lugar do grupo.

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