Coreógrafos Lander Patrick e Tânia Carvalho vão estrear Força na Alemanha

Pink Fraud e Mysterious Heart são as coreografias que formam o programa que os dois criadores vão apresentar no palco do Staatstheater, na cidade de Mainz.

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Tânia Carvalho Rui Palma
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Os coreógrafos Lander Patrick e Tânia Carvalho vão estrear duas peças no programa Força, a 2 de Março, no Staatstheater, em Mainz, na Alemanha, resultado de um convite da companhia Tanzmainz, segundo a produção.

O programa Força inclui as peças Pink Fraud, de Lander Patrick, e Mysterious Heart, de Tânia Carvalho, resultado de uma residência de dois meses com os bailarinos da companhia Tanzmainz, e que vão ter estreia mundial naquele teatro em Mainz.

Pink Fraud, com duração de 35 minutos, criação do coreógrafo nascido no Brasil e a residir em Portugal desde o final dos anos 1980, inspira-se no trabalho do realizador brasileiro Kleber Mendonça, "cujas obras evocam uma atmosfera mágica entre o bem-estar e o perigo, como se fossem uma metáfora da vida no mundo ocidental", diz a sinopse da peça. Com coreografia de Lander Patrick, o novo trabalho tem música de Mestre André, figurinos de Lucia Vonrhein, desenho de luz de Anatol Waschke e interpretação de Giulia Zorzete Finardi, Shani Licht, Cassandra Martin, Réka Rácz, Merixtell Van Roggen, Zachary Chant, Paul Elie, Christian Leveque, Wendel Lima de Alcantara, Jaume Luque Parellada e Jaime Neves.

Por seu turno, Mysterious Heart é caracterizada por "contornos, figurinos, cores e por material de movimento trabalhado", numa criação de proximidade com o compositor Diogo Alvim, inspirada em peças musicais do período romântico. "Estas peças foram especialmente populares durante o período romântico e descrevem frequentemente emoções muito claras e bem definidas. Tânia Carvalho utiliza-as numa roupagem musical moderna como base para a pesquisa com os bailarinos da companhia de Mainz", indica a sinopse da nova peça, com duração de 55 minutos.

A coreografia conta também com figurinos de Lucia Vonrhein e desenho de luz de Anatol Waschke, interpretação de Elisabeth Gareis, Daria Hlinkina, Amber Pansters, Maasa Sakano, Wei-Cheng Shao, Milena Wiese, José Garrido, Federico Longo, Matti Tauru, Lin van Kaam e Thomas Van Praet.

"Os coreógrafos contemporâneos portugueses têm marcado a história da dança europeia com as suas fortes assinaturas", refere um texto da companhia alemã, recordando a passagem de Rui Horta como director do S.O.A.P. Dance Theatre Frankfurt, na década de 1990. "Desde então, várias gerações de coreógrafos portugueses têm vindo a causar agitação com a sua linguagem visual resoluta e independência estética. Chegou a altura de lhes dedicar uma grande produção", sublinha a companhia, descrevendo Tânia Carvalho como uma criadora "artisticamente versátil" e "actualmente uma das artistas mais incisivas de Portugal".

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