PCP pede “confiança” na Justiça, PS “consenso” político para a sua reforma

Já a IL elogia postura de “serenidade e distanciamento” do Presidente da República e a Procuradoria-Geral da República assegura estar a fazer um “acompanhamento próximo” do processo na Madeira.

Foto
Supremo Tribunal de Justiça, em Lisboa Nuno Ferreira Santos
Ouça este artigo
00:00
02:16

Face aos novos contornos do caso judicial na Madeira, alguns partidos pronunciaram-se para dizer coisas diferentes. O PS pediu a Lucília Gago, procuradora-geral da República, explicações sobre os recentes casos da Justiça e apelou a um consenso político alargado para reformar o sector. Já o PCP diz que os procedimentos do Ministério Público (MP) devem ser “sustentados” e pede aos cidadãos que confiem na Justiça. A IL elogia postura de “serenidade e distanciamento” do Presidente da República face à Justiça e a Procuradoria-Geral da República (PGR) assegura estar a fazer um “acompanhamento próximo” do processo na Madeira.

Em Lisboa, o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, citado pela Lusa, considerou que, “perante o clima instalado”, “há um debate a fazer [sobre Justiça]”. E disse: “Ganhávamos todos, se [Lucília Gago] desse explicações.”

Depois, o líder do PS mencionou a proposta do PS para a Justiça — em que se pede uma revisão transversal dos prazos judiciais e a clarificação das formas de coordenação e dos poderes hierárquicos da PGR — e explicou que fazer reformas neste sector “implica um largo consenso”, pedindo aos partidos que se pronunciassem.

Por sua vez, Paulo Raimundo, líder dos comunistas, defendeu que o MP é o maior “interessado” em garantir que os seus procedimentos e formas de actuação “sejam sustentados o mais possível”, para que não se “criem dúvidas” ou “deixem nebulosas”.

“É preciso que os cidadãos confiem na Justiça, porque, quando a sociedade deixa de confiar na Justiça, deixa de confiar num dos pilares fundamentais da própria democracia”, disse.

Já os liberais, face ao apelo de Ferro Rodrigues para que o Presidente da República intervenha na Justiça, elogiaram a postura de “serenidade e distanciamento” que, dizem, Marcelo Rebelo de Sousa demonstrou em relação aos casos que resultaram em crises políticas. A PGR garante que está a fazer um “acompanhamento próximo” dos processos na Madeira e fará esclarecimentos, se “entender oportuno”.

Também o presidente do Chega, André Ventura, reagiu dizendo que o seu partido “não alinhará em nenhuma reforma da justiça que seja para silenciar” e acusando PS e PSD de “quererem silenciar a justiça". com Lusa

Notícia actualizada com reacção do Chega

Sugerir correcção
Comentar