Governo deixou fechar linha de financiamento europeu para rastreio do cancro pulmão

Ministro Manuel Pizarro anunciou, em Dezembro de 2022 o alargamento do programa de rastreios oncológicos aos cancros do pulmão, da próstata e do estômago. A promessa não chegou a ser cumprida.

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O prometido rastreio dos cancros do pulmão, próstata e estômago não chegou a avançar Daniel Rocha (arquivo)
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O presidente da associação dos Centros de Responsabilidade Integrados (CRI) denunciou este sábado que o Governo deixou encerrar em 2023 a linha de financiamento europeia que permitia avançar com rastreios do cancro do pulmão.

"Tivemos conhecimento disso numa reunião que a associação teve a pedido da associação de rastreio do cancro do pulmão", indignou-se João Varandas Fernandes. Em declarações à agência Lusa, o especialista lembrou que, neste caso, "há um trabalho empenhado de uma equipa de especialistas, maioria das vezes pro bono, e acaba por não haver consequências".

O ministro Manuel Pizarro tinha anunciado em Dezembro de 2022 o alargamento do programa de rastreios oncológicos aos cancros do pulmão, da próstata e do estômago, apontando que arrancariam em 2023 com projectos-piloto. Contudo, tal acabou por não acontecer.

Já em Novembro do ano passado, o alargamento dos programas de rastreio oncológico aos cancros do pulmão, da próstata e do estômago acabou por ser incluído no Orçamento do Estado para 2024.

Frisando que "não se podem desperdiçar estas linhas de financiamento europeu", Varandas Fernandes insistiu que "na prevenção precoce do cancro, quanto mais precoce melhor e tudo o que seja investimento nesta área vai trazer menos despesa mais tarde".

"O Ministério [da Saúde] tem que se desburocratizar", afirmou o responsável, que insiste na necessidade de maior planeamento na área da Saúde.

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