Em Cloudward, Mary Halvorson faz jazz com a cabeça nas nuvens

Um álbum de optimismo e que reafirma as qualidades de Halvorson como compositora.

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Elegância e encantamento: Mary Halvorson em Cloudward Michael Wilson
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Daqui por muitos anos, sempre que alguém mencionar o ano de 2020, todos seremos levados de volta para um período paralisante das nossas vidas. Mas, nalguns casos, o confinamento forçado e a quebra de actividade exterior deram frutos. Mary Halvorson, extraordinária guitarrista norte-americana que se recusa a obedecer à gramática estafada do instrumento no contexto jazzístico, há muito que lutava com a falta de tempo para desenvolver um projecto de composição que fosse além de alinhavar algumas frases melódicas para os seus grupos. Enquanto a pandemia varria as ruas de gente, Halvorson sentava-se no seu apartamento em Brooklyn e juntava as peças que acabariam por desaguar nos álbuns siameses Amaryllis e Belladonna (o primeiro pensado para sexteto de jazz, o segundo para guitarra e quarteto de cordas clássico – com fluxos criativos entre um e outro).

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