Um ataque dos EUA era precisamente o que os houthis queriam

A operação militar anglo-americana dá ao grupo iemenita o estatuto de jogador regional que procurava e confirma o seu protagonismo. Atacar os houthis é uma aposta arriscada, como Riad bem sabe.

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Iemenitas queimam uma bandeira de Israel e outra dos EUA depois dos ataques anglo-americanos YAHYA ARHAB/EPA
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Formar uma coligação internacional, fazer avisos, deixar claro que não haverá mais avisos… Os Estados Unidos não queriam atacar o Iémen e arriscar tornar Gaza um conflito verdadeiramente regional. Por isso responderam aos ataques dos houthis no mar Vermelho reforçando a defesa dos navios que atravessam o estreito de Bab al-Mandab, o pedaço de mar onde a Península Arábica e o Corno de África mais se aproximam. Até agora. Segundo o Reino Unido, a operação militar anglo-americana da madrugada desta sexta-feira foi “limitada, proporcional e necessária”. Se depender dos houthis – e depende – não será a última. Ao final da tarde, a Casa Branca fez saber que os EUA "não hesitarão em tomar novas medidas" se necessário.

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