Realizador de O Processo Goldman: “Diziam-me que ao desenterrar este assunto estava a mexer num vespeiro”

Uma vida e uma personalidade “de filme” deram o brilhante O Processo Goldman, de Cédric Kahn. Uma história de tribunal, com anti-semitismo e “teatro”.

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O Processo Goldman chega num momento em que os jornais se voltaram a encher de artigos sobre anti-semitismo
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Pierre Goldman: é preciso começar por este nome, o do homem no centro do processo filmado por Cédric Kahn. Filho de judeus polacos refugiados em França durante a II Guerra Mundial, foi um ícone da agitação de extrema-esquerda, nos anos antes e depois do Maio de 1968, um revolucionário hiperactivo que também andou pela América Latina (Venezuela, Cuba) e pelas Antilhas francesas, parceiro pelo menos ocasional de outro mais famoso vulto da mesma corrente, Régis Debray. Enveredou a dado ponto pelo que o próprio descreveu como uma espécie de “dandyismo” decadente e até suicidário (muito álcool, muito cabaret), um mergulho nos bas-fonds em convívio com gangsters encartados; com o pretexto de subsidiar a revolução ou sem pretexto nenhum, envolveu-se em delitos comuns, uma série de assaltos a lojas.

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