Visitar Portugal? “Não é turismo. É futurismo”. Com “equilíbrio” entre turistas e residentes, diz secretário de Estado

Turismo de Portugal lança nova campanha. E celebra-se 2023 como “o melhor ano da história”. “Temos de assegurar sempre um equilíbrio” entre “desenvolvimento do turismo” e residentes, diz Nuno Fazenda.

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Uma das imagens destacadas no vídeo geral da nova campanha do Turismo de Portugal dr

O ano de 2023 foi “o melhor ano da história do turismo em Portugal", proclamou o Governo esta quarta-feira, aproveitando a cerimónia de lançamento da nova promoção internacional de Portugal, destino global. Enquanto o secretário de Estado do Turismo, Nuno Fazenda, confirmava os números - mais de 30 milhões de hóspedes, 77 milhões de dormidas e receitas de cerca de 25.000 milhões de euros -, já pela Internet se podia ver a nova campanha sob o mote “It’s not tourism. It's futourism”.

Aliás, afiança o Turismo de Portugal em comunicado, “Não é turismo. É futurismo" pretende ser até "mais do que uma campanha”: “é uma iniciativa que ambiciona mobilizar as pessoas e transformar as suas viagens em experiências autênticas e sustentáveis, por isso, capazes de gerar um impacto positivo nos territórios, no ambiente e nas comunidades”. Não em vão, Nuno Fazenda, em declarações aos jornalistas, defenderia: “Temos de assegurar sempre um equilíbrio entre o desenvolvimento do turismo e aquilo que é o ADN do turismo, que são os residentes".

"Só quem tiver no seu modo de estratégia a autenticidade e a sustentabilidade é que conseguirá liderar o turismo do futuro", disse o responsável, citado pela Lusa, sublinhando a necessidade de "continuar a preservar e valorizar o território", apoiar as empresas na transição energética, melhorar os salários dos trabalhadores e ter boas práticas ambientais. Questionado sobre o contributo do Alojamento Local, Fazenda destacou que "teve um papel muito importante na regeneração das cidades" e que "continua a ter".

Portugal, líder do futuro

O comunicado que divulga a campanha do futurismo, dirigida aos mercados interno e externo, não faz por menos e segue a mesma bitola: o título é precisamente um épico "Portugal reforça o compromisso de liderar o turismo do futuro”.

Lançada às redes a 31 de Dezembro, e agora comunicada com pompa e circunstância em Lisboa, aproveita o Ano Novo propondo “12 resoluções” dirigidas ao “turista do futuro”. Pode ser vista por todo o mundo, e em cinco idiomas, mas terá maior distribuição, em meios digitais, nos mercados considerados “prioritários": Alemanha, Espanha, Estados Unidos, França, Reino Unido e Portugal.

“A campanha utiliza imagens que, simultaneamente, remetem para expressões portuguesas, mas com uma abordagem universal" em que se inscrevem as “12 resoluções"/"12 compromissos", assim expressos: “Não é não estar envolvido. É estar comprometido.”, Não é virtual. É real”, "Não é nosso. É seu”, “Não é padronizado. É único”, “Não é global. É local”, "Não é uma onda. É um oceano", “Não é cinzento. É verde", "Não é impetuoso. É humilde”, "Não é moda. É tendência", “Não é desatento. É consciente”, “Não é apressado. É imersivo", "Não é artificial. É humano".

A promoção usará “uma variedade de formatos de vídeo de grande impacto", e, sublinhe-se, "pela primeira vez o TikTok e a Connected TV". No canal de YouTube do Turismo de Portugal, os vídeos disponibilizados são narrados em inglês e com legendas disponíveis noutros idiomas (já estão publicados o vídeo geral e três vídeos com três "resoluções/compromissos").

Com a “sustentabilidade e a autenticidade no centro da estratégia de promoção", o Turismo de Portugal quer também firmar como pilares deste “futurismo” um “turismo mais inclusivo”, que passe também por "procurar menos padronização e mais humanidade", garante-se. E, mais uma vez, sublinha-se um tema em ebulição constante nos últimos anos: “conscientes que residentes e viajantes fazem parte do mesmo propósito”.

“O melhor ano de sempre”

"Portugal tem como desafio crescer bem, em todo o território, e ao longo de todo o ano, mas de uma forma sustentável, autêntica e genuína, gerando valor para os territórios e para as pessoas”. A citação do secretário de Estado Nuno Fazenda estipula as premissas globais para o “futurismo” de Portugal e antecipa os números que agora estão a ser celebrados, “o melhor ano de sempre, em todos os indicadores: dormidas, hospedes e receitas”. Dados apurados até Novembro, conforme divulgados pelo Governo: "mais de 73 milhões de dormidas e 23,7 mil milhões de receitas, correspondendo a aumentos de 9,7% e 37,6%, respectivamente, face a 2019”.

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