Executivo de Moedas deu aval a demolição para construir hotel, mas vereadores vetaram

Destruição de edifício modernista foi chumbada por órgão consultivo da câmara. Mas serviços de Urbanismo aceitaram pareceres pagos por promotor. Vereador da oposição fala em expediente “inadmissível”.

Foto
Desta vez, e ao contrário do que tem sido prática corrente, prevaleceu a preservação do património sobre os interesses imobiliários Daniel Rocha
Ouça este artigo
00:00
06:55

O destino parecia traçado. Aquele edifício com quatro pisos, e produto da arquitectura modernista dos anos 30 do século passado, situado mesmo ao lado das instalações da Polícia Judiciária, na Rua Gomes Freire, deveria ser demolido. No seu lugar, seria construída uma nova unidade hoteleira com 92 quartos, num novo prédio com seis pisos. Tal obra obrigaria à retirada dos painéis de azulejos existentes em cada uma das três varandas situadas na esquina da Gomes Freire com a Rua Joaquim Bonifácio, mas também levaria ao corte de uma árvore. E apesar de o projecto ter recebido parecer desfavorável de um órgão consultivo dos serviços da Câmara de Lisboa, foi levado à apreciação da vereação no passado dia 6 de Dezembro. Mas, contra as expectativas da vereadora do Urbanismo, foi chumbado.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Ler 24 comentários